O candidato à presidência do Brasil, André Janones, do partido Avante (centro), oficializou a sua saída da disputa para apoiar o ex-presidente Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Janones e Lula reuniram-se na passada quinta-feira, em São Paulo, para “fechar” o apoio a Lula e, na ocasião, o agora ex-candidato afirmou que “tentará fazer com que o Avante faça parte da coligação de partidos encabeçada pelo PT para as eleições”.
A intenção de Janones de desistir da candidatura e apoiar Lula já estava a ser ponderada nos últimos dias. O próprio ex-candidato tinha afirmado à imprensa brasileira que a sua única exigência era “a inserção no programa do governo de Lula da permanência do Auxílio Brasil no valor de 600 reais (cerca de 115 euros) para os mais pobres e mais investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento de saúde mental”.
Janones, que é deputado federal e tentará a reeleição, participará da coordenação política e de governo da campanha de Lula e passará a integrar o núcleo de redes sociais da campanha.
Segundo sondagens recentes do Datafolha, divulgada na semana passada, Janones tinha 1% das intenções de voto, enquanto Lula tinha 47% e o atual presidente, Jair Bolsonaro, 29%.
A campanha de Lula tinha como objetivo conquistar o apoio de Janones para tentar ganhar as eleições à primeira volta. Entre as contribuições que traz para a campanha é o fato de ser de Minas Gerais, terceiro maior colégio eleitoral do país.
Outra é a sua forte presença de nas redes sociais, sendo considerado um “fenómeno”: só no Facebook, Janones tem 8 milhões de seguidores, logo atrás de Bolsonaro, com 14 milhões.
As presidenciais do Brasil acontecem a 2 de outubro deste ano. Se nenhum candidato ganhar mais da metade dos votos, os dois mais votados irão à segunda volta.