O fim da obrigatoriedade de apresentar teste negativo à covid-19 na chegada a Portugal é “muito positivo” e está a originar um aumento “significativo” da procura pela região, segundo o presidente da principal associação hoteleira regional.
O presidente da Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Hélder Martins, disse que a tendência de subida se confirma em áreas como reuniões e congressos ou golfe, mas reconheceu que é cedo para quantificar o aumento, porque os turistas que chegaram (ontem) ao aeroporto de Faro “ainda não sabiam” que a medida já está em vigor.
“Da nossa parte, vemos como muito positiva e é uma das várias medidas que vão ter de aparecer. É sinal, primeiro, de que a pandemia vai perdendo terreno e que vamos podendo retomar as nossas liberdades e, por outro lado, para um destino turístico como o Algarve, é extremamente importante que o turista tenha o mínimo de barreiras à entrada no destino”, afirmou.
A obrigatoriedade de teste negativo ao vírus SARS-CoV-2 para entrar em Portugal terminou às 00:00 desta segunda-feira, bastando a apresentação de um certificado digital covid-19 ou um comprovativo de vacinação reconhecido.
Segundo o novo presidente da AHETA “os indicadores que existem para os próximos tempos são positivos”, porque “a procura tem crescido”.
A mesma fonte disse esperar que o levantamento de restrições continue e “que isso traga a estabilidade que o Algarve precisa para continuar a recuperação de um destino que foi tão afetado nos últimos dois anos” pelas medidas restritivas aplicadas às viagens e à entrada no país devido à pandemia de covid-19.
Hélder Martins indicou que já se “está a notar um aumento da procura” e “um interesse maior por parte de turistas e de operadores”, aumento que se está a sentir sobretudo “em áreas em que não são tão expectáveis que sofram essa influência (do fim dos testes) de imediato”.
Recorde-se que agora, para entrar no país, é “exigida apenas a apresentação do Certificado Digital covid da União Europeia nas suas três modalidades ou de outro comprovativo de vacinação devidamente reconhecido”, segundo o gabinete da ministra da Presidência.