O PS e o PSD estão de acordo quanto à necessidade de se instituir o voto eletrónico presencial nos círculos eleitorais da emigração, considerando que essa modalidade é mais adequada do que o sistema catual de votação.
Numa conferência promovida pela SEDES, no início deste mês, o deputado do PSD António Maló de Abreu – eleito pelo círculo eleitoral Fora da Europa – defendeu que “o voto eletrónico não é pior, de maneira nenhuma, do que o voto por correspondência”. “O futuro é o voto eletrónico e não é só para as comunidades, é para todos! Mas avancemos para o das comunidades, porque esse seguramente é melhor, do meu ponto de vista – podendo ter ainda algumas falhas – do que o voto como está a ser feito”, frisou.
O deputado social-democrata defendeu a necessidade de se avançar “para um estudo rápido, aprofundado, que dê segurança” e “responda a um conjunto de salvaguardas” no que se refere ao voto eletrónico, apelando a que se “avance rapidamente” para essa modalidade.
Intervindo depois, a deputada socialista Berta Nunes mostrou-se “satisfeita” pelo facto de o PSD estar “absolutamente a favor do voto eletrónico”, afirmando que esperava que “houvesse mais problemas” no que se refere à convergência sobre essa matéria.
A ex-secretária de Estado das Comunidades Portuguesas defendeu a necessidade de, no que se refere às comunidades, se avançar com “segurança”, começando com “testes”, sublinhando que foi submetida uma proposta de lei para alterar a legislação da eleição do Conselho das Comunidades para permitir que, na próxima eleição deste órgão, essa modalidade possa ser testada.
“O voto eletrónico presencial, no caso das comunidades, ainda é mais importante do que aqui em Portugal. Porque estamos a imaginar, em vez de estarmos a enviar todos os votos aqui para serem contados num grande espaço com não sei quantas mesas, se houvesse o voto eletrónico presencial (…) chegavam cá os votos contados no mesmo dia e não havia esta confusão toda”, frisou.