De acordo com uma análise realizada a 82 operadores turísticos europeus, o número de estudantes que visitaram o Reino Unido em 2022 caiu 83% face a 2019.
Esta quebra deve-se à nova política de passaportes e à eliminação da “List of Travellers” através da qual grupos organizados de alunos, acompanhados por professores, podiam viajar para o Reino Unido utilizando apenas o seu Bilhete de Identidade em vez do passaporte.
Esses dados foram disponibilizados pela Tourism Alliance, UKinbound, English UK, BETA e ETOA.
Os autores da revisão observam que “existe agora uma exigência de que todos esses alunos tenham um passaporte completo. Este é um documento que muitas crianças da UE normalmente não precisam para viajar pela maior parte da Europa, e muitas não têm esse documento.”
A análise também destaca que “os números variam de país para país, mas, por exemplo, estima-se que apenas 35% das crianças italianas em idade escolar tenham passaporte. O custo (entre € 50 e € 120) e o ônus administrativo de obter esses documentos é uma barreira substancial para aqueles que consideram uma viagem ao Reino Unido.”
Em 2019, o Reino Unido recebeu 1,2 milhão de estudantes de países da UE que vieram aprender inglês, conhecer a história e a cultura do país ou participar de eventos culturais e esportivos, estimando que gastaram cerca de £ 1 bilhão (cerca de € 1,2 bilhão) no mercado local economia, sustentando cerca de 17.000 postos de trabalho, admitindo que “são uma componente significativa das atividades de ‘soft power’ do Reino Unido”.
A análise também destaca que “não se espera que o setor se recupere, pois as operadoras indicam que o número de grupos escolares que chegarão ao Reino Unido em 2023 diminuirá em pelo menos 60%, o que significa uma perda adicional de receita para a economia do Reino Unido. de £600 milhões (cerca de €700 milhões).
Richard Toomer, Diretor Executivo da Tourism Alliance, diz: “As viagens em grupo de estudantes eram um mercado importante para a economia do Reino Unido” e conclui que “o Governo deve restabelecer urgentemente a ‘Lista de Viajantes’ ou um esquema semelhante de viagens para grupos de jovens, reconhecendo o risco extremamente baixo representado por essas crianças viajantes, o custo insignificante e o impacto econômico positivo”.
