O cartaz do Festival Atlântico, que este ano celebra a sétima edição, apresenta duas estrelas principais: Salvador Sobral, que se estreia nesta iniciativa, e Gilberto Gil, cujo concerto integra a sua última digressão pela Europa. A música em português invade, em outubro, a Philharmonie, a principal sala de espetáculos do Luxemburgo.
“Apresentar músicos muito conhecidos do melhor que se faz na música em português e novas descobertas, que são muito conhecidas nos seus países de origem, mas desconhecidas no Luxemburgo, é a filosofia que continua a marcar o Festival”, explica Francisco Sasseti, senior manager Artistic Planning da Philharmonie do Luxemburgo. Por isso, há muitos talentos a descobrir nestes dias da música em português.
Lina Rodrigues é um dos exemplos. A fadista apresenta um “projeto musical multi-instrumental com Raül Refree, que tem uma abordagem muito moderna das músicas do sul da Europa e que apresenta um fado completamente globalizado”, explica Francisco Sasseti.
Do Brasil chega também o pianista Amaro de Freitas, cujo jazz foi considerado por Downbeat como um “híbrido entre Abdullah Ibrahim, Thelonious Monk e Chick Corea”, mas com uma influência afro-brasileira”, sublinha Francisco Sasseti.
A cantora caboverdiana Cremilde Medina é outra das estreias na Philharmonie. “Considerada uma das descendentes de Cesária Évora, trará a morna, um género emblemático do seu arquipélago natal que é considerado património imaterial da humanidade”, descreve o organizador do evento.
Para os mais jovens há um atelier de capoeira e uma peça de teatro inspirada na Fada Oriana de Sofia de Mello Breyner.