Em abril, perto de 34 mil famílias foram afetadas pelo desastre natural, com 44 mortes; novo apelo tem apoio da ONU e identifica setores prioritários, incluindo abrigo de emergência, água, saneamento e higiene.
O governo de Timor-Leste, juntamente com a ONU e parceiros humanitários, lançou um apelo de US$ 32,7 milhões para apoiar as vítimas das cheias e inundações que afetaram o país em abril.
Os últimos números oficiais mostram que 33.835 famílias foram afetadas pelas enchentes em todos os 13 municípios, com 44 óbitos.
Cerca de US$ 8,8 milhões devem responder a necessidades imediatas e US$ 23,9 milhões para necessidades de curto prazo. A ajuda deve chegar a 65 mil pessoas e beneficiar, indiretamente, toda a população afetada.
O apelo identifica atividades prioritárias em nove setores, incluindo abrigo de emergência, água, saneamento e higiene, nutrição, saúde e educação, entre outros.
Até o momento, o governo alocou US$ 65,2 milhões por meio do Fundo de Contingência. Já os parceiros humanitários, incluindo as Nações Unidas, entregaram US$ 10,7 milhões para apoiar os esforços de resposta.
O plano foi desenvolvido em conjunto pelo Governo de Timor-Leste com o apoio do Gabinete do Coordenador Residente da ONU e de todos os parceiros humanitários.
O novo plano de resposta tem foco nos sete meses entre final de maio a final de dezembro, com o objetivo de apoiar uma recuperação sustentável. Sob a liderança do governo, participam mais de 86 entidades, incluindo nove agências da ONU.
Danos extensos foram relatados em casas, edifícios, incluindo centros de saúde, infraestrutura pública e terras agrícolas. Um total de 2.163 hectares de terras agrícolas foram afetados, agravando a situação de segurança alimentar.
O país também teve um aumento repentino de casos de Covid-19 nos últimos meses. O deslocamento temporário de pessoas representa uma ameaça crescente à disseminação do vírus e ao surgimento de outras doenças.
Em comunicado, o coordenador residente da ONU, Roy Trivedy, afirmou que “é imperativo acelerar a prestação de assistência a Timor-Leste nesta fase crítica para evitar mais perdas de vidas, danos adicionais aos serviços públicos essenciais e infraestruturas, e para impedir a propagação de doenças.”
Trivedy também destacou o fato de que “essa tragédia se abateu sobre um momento em que o país já se debate com a perigosa situação gerada pela Covid-19”.
