O Governo português desaconselhou este fim de semana as viagens para a Ucrânia que não sejam “estritamente essenciais”, devido à tensão militar crescente junto às fronteiras com a Rússia, e sugeriu a quem se encontre em território ucraniano que pondere “sair temporariamente do país”.
A mensagem foi reiterada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, em Paris.
“Em primeiro lugar, recomendamos vivamente que nenhum português que não precise de se deslocar à Ucrânia agora por razões estritamente indispensáveis, que não o faça. Recomendamos que não se realizem viagens à Ucrânia, a não ser aquelas estritamente essenciais”, afirmou o ministro em declarações aos jornalistas.
Augusto Santos Silva afirmou ainda que o consulado e a embaixada na Ucrânia estão a recomendar aos cerca de 240 portugueses que aí residem que abandonem o país temporariamente, caso não tenham razões essenciais para ficar.
O aviso já tinha sido também publicado no Portal das Comunidades Portuguesas. “Devido à tensão militar crescente junto às fronteiras da Ucrânia, não sendo de excluir um agravamento da situação de segurança, desaconselham-se as viagens para a Ucrânia que não sejam estritamente essenciais”, afirmava o Ministério dos Negócios Estrangeiros no aviso.
Além dessa indicação, sem natureza vinculativa e suscetível de alteração a qualquer momento, o Ministério dos Negócios Estrangeiros aconselhava que os cidadãos que se encontrem atualmente na Ucrânia e “se a sua presença não for absolutamente necessária” ponderem “sair temporariamente do país”, o mesmo expresso depois pelo ministro.
“Não se recomendam quaisquer viagens para a região do Donbass [no sudeste da Ucrânia] ou para zonas próximas da fronteira com a Federação Russa e com a Bielorrússia”, avisa ainda o Governo.