Uma das razões apontadas para emigrar é justamente o nível salarial. “Estamos a falar de pessoas que ganharam mil euros [em Portugal] e nos países de destino vão ganhar três mil ou mais euros”, aponta um dos autores do estudo, João Teixeira Lopes.
“Aposta-se na formação dos jovens, que depois não têm o devido reconhecimento na sociedade portuguesa e acabam por emigrar. Não há retorno suficiente para o desenvolvimento do país”, lamentou, considerando que “estamos a perder a geração mais qualificada”.
A investigação envolveu jovens qualificados que emigraram para a Europa e que representam um quarto dos portugueses que saíram do país na última década, segundo o sociólogo, professor e investigador do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto. Embora a maioria dos jovens que saem do país não possuam um diploma universitário, o número de emigrantes qualificados aumentou 87,5%, atingindo 11% do total de emigrantes em 2015.