Lula da Silva, que volta a exercer a chefia de Estado 12 anos depois do fim do último mandato, recebeu a faixa de um grupo de representantes da diversidade social e étnica da população.
Foi o ponto alto do dia da tomada de posse, um dia que marca uma nova etapa no Brasil e o regresso do Partido dos Trabalhadores ao poder depois de quatro anos de bolsonarismo, um período alvo de fortes críticas por parte do novo inquilino do Palácio do Planalto:
“Foi a democracia a grande vitoriosa nesta eleição, superando a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu, as mais violentas ameaças à liberdade do povo, a mais abjeta campanha de mentiras e de ódio tramada para manipular e constranger o eleitorado brasileiro. Nunca os recursos do Estado foram tão desvirtuados em proveito de um projeto autoritário de poder”, disse Lula no discurso de tomada de posse.
Chefes de Estado e governo de todo o mundo marcaram presença nesta passagem de poder. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa representou Portugal. João Lourenço, de Angola, ou ainda o rei Felipe VI, de Espanha, testemunharam, também, esta tomada de posse, na esperança de que o Brasil volte à primeira linha no diálogo internacional
Lula tem como vice-presidente, neste mandato, um antigo opositor nas urnas, tornado aliado, Geraldo Alckmin – um homem vindo do centro-direita que pode ajudar Lula na difícil tarefa de governar com um senado dominado pelo partido de Bolsonaro e seus aliados.
As prioridades de Lula são a luta contra a desflorestação da Amazónia e um programa ambicioso de combate às desigualdades e à pobreza.