Mudou-se para o outro lado do mundo há quase oito anos. Nascida e criada em Oliveira do Hospital, uma pequena cidade do distrito de Coimbra, foi parar à Austrália quase por acaso, ainda sem saber que um dia viria a tornar-se cidadã daquele país. Depois de ser posta à prova em múltiplos empregos e ter de enfrentar inúmeros desafios, Joana Feiteira é hoje responsável de comunicação na Transdev Sydney Ferries, empresa que gere os famosos barcos da cidade. Ser mulher e emigrante nunca foi uma barreira, mas construir carreira no setor dos transportes – ainda tipicamente masculino – exigiu-lhe grande esforço, resiliência e capacidade de trabalho. Neste Dia da Mulher, partilhou com o idealista/news um pouco da sua história: o que é que a move e inspira todos os dias a fazer mais e melhor.
Sem nunca olhar para trás, mas com as saudades da família e amigos sempre presentes, Joana Feiteira chegou à Austrália em 2015. Depois de várias experiências no mundo da comunicação e marketing em Portugal, a prioridade no país onde acabava de aterrar de “armas e bagagens” era encontrar algo que pagasse as contas – e assim foi. Começou por servir às mesas num restaurante português, mas esse foi apenas um dos muitos trabalhos que teve até chegar ao cargo que desempenha atualmente. Na Austrália, conta, há grande facilidade em arranjar emprego, mas garante que nada “vem de graça”. Chegou a ter quatro empregos e a trabalhar sete dias por semana.
Confessa que o maior desafio que teve em termos profissionais foi a sua própria confiança, e sofreu com a síndrome do impostor. Queria muito trabalhar na sua área de formação, mas temia não ser suficiente ou que haveria alguém sempre melhor para preencher uma vaga, até porque não era nativa na língua inglesa. Mas o destino trocou-lhe as voltas, e a competência e talento levaram-na a voos mais altos. Orgulha-se de não ter baixado os braços e, sobretudo, de tentar fazer o melhor, fosse qual fosse o trabalho onde estivesse.
Tornou-se responsável de comunicação na Transdev Sydney Ferries, e é uma das únicas duas mulheres que fazem parte da equipa executiva da empresa. Atualmente, Joana faz a ponte entre a Transdev e o governo australiano, sendo responsável por toda a parte de customer experience, eventos, campanhas de marketing, comunicação interna e externa, e toda a relação com os media. Foi recentemente premiada com uma bolsa de estudos em liderança pela Transport Women Australia, e finalista nos Women in Industry Awards, na categoria de excelência em Transportes.
Considera o mercado de trabalho australiano mais flexível que o português, até porque “não há nada de títulos” e uma menor disparidade salarial entre posições. Ainda assim, fazer carreira num país “do outro lado mundo” não é tarefa fácil. Não é só por ser mulher e emigrante. “É ser mulher, emigrante, e trabalhar na indústria dos transportes, nomeadamente no s
etor marítimo” marcadamente masculino, explica.
Nesta entrevista, que agora reproduzimos na íntegra, Joana Feiteira faz um balanço da carreira na Austrália, partilhando os desafios e obstáculos que teve (e ainda tem) de enfrentar, deixando dicas para quem estiver a pensar arriscar e embarcar numa aventura semelhante.
Como foste parar à Austrália?
Sinceramente, foi por acaso. Não foi nada planeado. Eu sempre gostei de viajar, e na altura eu já trabalhava em comunicação. Trabalhava numa multinacional e tinha muito o desejo de ter uma experiência internacional, temporariamente. Já há algum tempo que vinha a falar com o meu chefe sobre a possibilidade de eu poder ir para Inglaterra para trabalhar lá durante alguns meses, com a mesma empresa, e depois regressar a Portugal. A verdade é que no final de 2014 eu conheci um rapaz que depois viria a ser meu namorado, era francês, e logo depois de nós nos conhecermos, ele teve uma proposta para vir para a Austrália. E desafiou-me: porque é que não vens comigo? Obviamente nós tínhamos acabado de conhecer-nos e eu achei que aquilo era completamente louco, mas a verdade é que vim, e sete anos e meio depois continuo aqui. Na altura, aquilo que fiz foi pesquisar quais eram as opções que eu tinha, porque o maior desafio de vir para a Austrália é, sem dúvida, obter um visto.
Encontrei um visto ‘work and holiday’ que mais não é do que um visto que nos permite morar na Austrália durante um determinado tempo, e permite-nos viajar e trabalhar ao mesmo tempo. Era o segundo ano que existia esse visto para portugueses, era relativamente recente. Obviamente há certos requisitos que têm que ser cumpridos, mas candidatei-me, e em junho de 2015 cheguei à Austrália pela primeira vez. Entretanto, a relação acabou, mas eu tive a possibilidade de ficar cá, e arranjei trabalho na minha área.
Começaste por trabalhar num restaurante português e hoje em dia és responsável pela comunicação de uma das maiores empresas de transportes de Sidney. Como foi chegar até “aqui”?
Quando vim para a Austrália eu queria trabalhar na minha área e encontrar algo idêntico àquilo que eu tinha deixado para trás, porque eu já trabalhava em comunicação em Portugal. Mas, obviamente, quando estás literalmente do outro lado do mundo, longe da família, dos amigos, longe do nosso próprio país, a prioridade é encontrar um trabalho que pague as contas, porque eu estava muito focada em não gastar as poucas poupanças que tinha. Quando cheguei cá eu sofri bastante com o jet lag. Depois de três dias, quando me recuperei, foi aí que fui procurar trabalho e encontrei logo uma oportunidade. Fui substituir uma rapariga que estava a deixar aquela posição a servir às mesas num restaurante português aqui em Sidney. E depois acabei por ficar lá até encontrar o meu segundo trabalho, passado cerca de um mês. Mas é verdade é que mesmo já depois de estar a trabalhar na minha área, já depois de ter começado a trabalhar em comunicação, eu sempre mantive algumas horas naquele restaurante e sempre lá fui ajudar, às vezes ao final de semana. Até há bem pouco tempo, até antes do covid, quando eles fecharam o restaurante.
Não é o meu trabalho, nem a posição que eu tenho que me define, e tenho muito orgulho disso
Foi algo muito, muito bom. Claro que desde aquele primeiro emprego, eu já tive muitos, muitos outros. Sempre me considerei uma pessoa com muita energia, curiosa e proativa também. E a verdade é que eu acredito que nós nunca sabemos se vamos gostar de alguma coisa ou não até nós tentarmos. É por isso que sempre fiz imensas coisas. Claro que mentiria se dissesse que não tenho imenso orgulho do meu percurso e de tudo o que conquistei até hoje, mas também sei que nada vem de graça e que trabalhei e ainda hoje trabalho muito, fiz vários sacrifícios e obviamente, nunca deixei de ser eu mesma ou nunca fiz nada que fosse contra os meus valores. Em todos os trabalhos que tive, sempre dei o meu melhor e sempre tentei melhorar mais e mais. Eu costumo muitas vezes dizer que não é o meu trabalho, nem a posição que eu tenho que me define, e tenho muito orgulho disso.
De todos os trabalhos que tive, sempre dei o meu melhor e nunca me deixei definir por isso, ou porque estou à frente dos ferries de Sidney, não é isso que vai trazer mais ou menos alguma coisa. Não é por servir às mesas que me vai trazer mais ou menos valor. E eu acho que talvez parte do sucesso que tive na minha carreira profissional se deve muito a isso. Deve-se muito a tentar sempre fazer o melhor, independentemente do trabalho ou da posição que se tenha.
Quais foram os grandes desafios que tiveste de enfrentar? E como geriste essas dificuldades?
Curiosamente, os maiores desafios não foram aqueles que eu estava à espera inicialmente. Quando ainda estava em Portugal, pensava que os meus maiores desafios seriam encontrar trabalho e pagar as contas. E esse é sempre um dos nossos maiores medos. Mas não foi isso, bem pelo contrário. Aliás, eu cheguei, eu tive sempre que recusar trabalho, houve uma altura que eu estava com quatro empregos ao mesmo tempo, sete dias por semana. Acho que em termos profissionais, o maior desafio fui eu própria, porque na altura o meu mindset, a minha mentalidade, era eu queria trabalhar na minha área, queria trabalhar em comunicação, só que eu não concorria a nenhum trabalho na minha área, porque eu achava sempre que que eu não iria acrescentar nenhum valor às empresas, em comparação, por exemplo, com australianos. Aqui também há muitos ingleses, muitos americanos. Na minha cabeça, eu achava que qualquer outra pessoa, ainda para mais de nativos de língua inglesa, iriam sempre fazer um melhor trabalho do que eu. Por causa disso, eu não concorria a vagas de trabalho. Tanto que o primeiro trabalho que tive na minha área foi me oferecido quando a minha diretora na altura viu o meu currículo. Eu estava a gerir três lojas, três equipas de cerca de cerca de 22 pessoas e ela perguntou-me o que é que eu estava a fazer ali, porque devia estar a trabalhar na equipa deles de marketing e comunicação. E ofereceu-me um trabalho lá.
Na minha cabeça, eu achava que qualquer outra pessoa, ainda para mais de nativos de língua inglesa, iriam sempre fazer um melhor trabalho do que eu.
Portanto, se alguém pensar seja emigrar para a Austrália, seja para qualquer outro país, tenham atenção a isso, porque nós às vezes sofremos muito pela síndrome do impostor. Nós às vezes achamos que outras pessoas vão fazer um trabalho melhor que nós próprios. E acreditem, no geral, nós portugueses somos muito esforçados, somos muito desenrascados.
E depois, em termos mais pessoais, a distância, sem dúvida alguma. Estamos literalmente do outro lado do mundo. Temos que estar preparados para perder muitos momentos com família, isto é, perder os Natais com a família, festas de aniversário, situações às vezes que são um pouco mais críticas, como a perda de entes queridos. Estamos mais ou menos a 25 horas de avião… Essa parte realmente foi e ainda é o maior desafio. E ainda bem que hoje em dia há tecnologias, que há muitos anos não havia, e isso de facto ajuda bastante. Hoje em dia eu continuo a falar ainda com a minha família diariamente, e isso ajuda a combater um bocadinho das saudades. Mas ainda assim, custa sempre.
Há algum momento/experiência que gostasses de destacar?
Tenho tantas memórias felizes de momentos especiais que é bastante difícil escolher apenas um… A primeira vez que vi um canguru marcou-me muito porque foi quando me dei conta que esta aventura era real e que estava literalmente do outro lado do mundo (foi um misto de adrenalina e pânico!). Ter trabalhado alguns meses no Consulado Geral de Portugal em Sidney foi uma experiência muito gratificante, porque de alguma forma pude contribuir para o bem da comunidade portuguesa na Austrália. Lembro-me de saltar e gritar de felicidade no meio da rua quando descobri ser finalista nos prémios Women in Industry. E, obviamente, o orgulho que senti quando recebi a cidadania Australiana, que é algo que guardo com muito carinho.
A Austrália oferece mais oportunidades de emprego que Portugal? Quais são as principais diferenças que identificas?
É um facto que a Austrália oferece mais oportunidades de emprego do que Portugal. Principais diferenças, eu diria os australianos, e o mercado de trabalho australiano, que é muito mais flexível. Há muita flexibilidade em termos de trabalhar de casa e não só depois da covid – já havia antes. Aqui há muito trabalho de part time, principalmente para mães com filhos ainda pequenos. É muito normal as pessoas às vezes começarem o dia muito cedo, porque vão deixar os filhos à escola e depois acabam bastante cedo também para irem buscar as crianças, normalmente por volta das duas ou três da tarde, quando as aulas terminam. Também são menos formais do que os portugueses, tanto na forma de vestir como na própria forma de falar, enviar e-mails. É tudo muito casual e muito pouco formal. Muito dificilmente vão encontrar alguém aqui, um homem, por exemplo, de fato com gravata. É muito, muito, raro.
Não há nada de títulos. Toda a gente trata as pessoas pelo primeiro nome e não interessa se é a empregada de limpeza ou a diretora da empresa. Os dias de trabalho também começam e terminam mais cedo. E há uma menor disparidade salarial entre as posições. Claro que há pessoas que ganham realmente muito, muito dinheiro, mas não há muitas pessoas que ganham pouco dinheiro. Ou seja, a média está lá, independentemente se é um trabalho escritório, se é um motorista de autocarro, se é um médico. A disparidade salarial realmente é muito menos notória do que em Portugal também. Por outro lado, aqui a mão de obra é muito especializada e então eu acho que nisso nós, nós portugueses, somos muito competitivos no mercado australiano, porque nós somos muito versáteis e somos também muito desenrascados.
Há de facto muitas oportunidades de emprego na Austrália, não só para mão de obra qualificada, mas também para outros tipos de outras profissões, como carpinteiros, mesmo a nível de motoristas de autocarro – neste momento é impossível quase encontrar, porque o nível de desemprego está a menos de 4%. E por isso as pessoas podem escolher aquilo que querem ou não fazer e isso está a criar um problema, obviamente, no mercado de trabalho, porque está muito complicado as empresas e os empregadores encontrarem trabalhadores suficientes. Mais uma vez, o problema não é nem nunca foi encontrar trabalho aqui. A parte mais difícil é o desafio de vir para a Austrália e conseguir um visto que permita morar e trabalhar cá.
Não é só ser mulher e emigrante. É ser mulher, emigrante, e trabalhar na indústria dos transportes, e mais ainda agora que estou no setor marítimo. Obviamente que ainda é muito direcionado para homens. Lembro-me que no início, quando comecei a liderar equipas que eram maioritariamente compostas por australianos e bem mais velhos do que eu, um dos meus colegas na altura, um homem australiano mais velho e, por conseguinte, à partida, também com mais experiência do que eu, lembro-me de ele ter reclamado do facto de me terem oferecido uma vaga para uma determinada posição. E o que lhe foi dito na altura é que a vaga tinha sido oferecida à pessoa com mais competências para exercer aquela determinada posição. Então, a partir daquele momento eu pensei, ok, vai tudo correr bem, porque realmente estou aqui por mérito e por nada mais. Sinceramente, eu nunca me senti excluída, sempre fui bastante respeitada, mesmo quando era a única mulher na sala, a única com sotaque e deveras a mais nova. E penso que o facto de apresentar resultados foi algo que sempre me beneficiou.
Nunca me senti excluída, sempre fui bastante respeitada, mesmo quando era a única mulher na sala, a única com sotaque e deveras a mais nova.
Ainda assim, há uma constante pressão que às vezes eu coloco em mim própria, de fazer aquilo que me é pedido e sempre fazer mais e querer também ajudar, estar muito ocupada com todo o meu trabalho, mas também querer ajudar as pessoas à minha volta, mesmo que isso implique que vou ter que trabalhar mais horas. Esta pressão que é constante, está muito ligada, eu acho, ao facto de ser mulher, primeiramente. E depois também o facto de ser emigrante, porque sinto que preciso de apresentar sempre mais resultados para mostrar aos outros que realmente que sou capaz. Nem sei se é só aos outros, mas a mim própria. Acho que no geral, nós mulheres sentimos bastante essa pressão e o facto de ser emigrante acho que agrava ainda mais isso.
Como é o crescimento dentro de uma empresa? Sentes que há igualdade de oportunidades? Para mulheres e homens…
As vagas são normalmente preenchidas com base na experiência, no mérito e nos resultados apresentados. Eu acho que em termos de crescimento, na maioria das empresas, é com esta base, independentemente de ser mulher ou homem. Cada vez mais as empresas têm alguns objetivos, a percentagem que querem atingir de mulheres, por exemplo. Eu trabalho na indústria marítima, que ainda está muito direcionada para homens. Eu penso que a percentagem de mulheres a trabalhar na indústria marítima na Austrália está à volta dos 22%. Obviamente, todas as empresas estão a tentar cada vez mais atrair mulheres para trabalhar neste setor, mas ainda assim os números continuam reduzidos. Na minha empresa, na Transdev Sidney Ferrys, por exemplo, na equipa executiva, eu e outra colega somos as únicas mulheres, e o resto homens.
Ainda não há a tal desejada igualdade, acho que é muito mais difícil para mim Joana, enquanto mulher. Eu tenho muitas vezes que quase justificar o meu salário.
E depois aquilo que eu sinto, e aquilo que eu vejo é a nível de salários. Ainda não há a tal desejada igualdade, acho que é muito mais difícil para mim Joana, enquanto mulher. Eu tenho muitas vezes que quase justificar o meu salário. Porque é que eu quero aquele salário? Porque é que eu deveria receber aquele salário? Então eu tenho que justificar talvez muito mais com resultados do que se fosse um homem. Não é diretamente, mas indiretamente é visível e obviamente, quem é mulher sente perfeitamente isso, sendo que tem de apresentar muito mais do que um homem teria na mesma posição para justificar determinado salário. Ainda existem algumas desigualdades, sem dúvida.
Foste recentemente premiada com uma bolsa de estudos em liderança pela Transport Women Australia. O que significa para ti?
Significa que trabalhei e ainda trabalho muito. Sempre me dediquei a 100% e agradeço o facto de poder fazer aquilo que eu gosto, porque obviamente ajuda muito para me levantar de manhã da cama todos os dias. Também tive sorte, embora acredite que a sorte exija muito trabalho. Sempre me cruzei com muitas pessoas que me ajudaram muito. Senti um grande orgulho quando recebi este prémio, e quando no ano passado fui também finalista nos Women in Industry Awards, na categoria de excelência em Transportes, e de ter sido nomeada na área de comunicação. Para quem trabalha na área, sabe perfeitamente que nós estamos atrás da câmara, que o nosso trabalho é ‘behind the scenes’, e depois ainda para mais na indústria de transportes, que na minha opinião ainda está muito desvalorizada e não é tão atrativa como outros setores. Então, devido a tudo isto, obviamente o sentimento de orgulho é ainda maior.
O que é que esta experiência de vida te trouxe? Não só em termos profissionais, mas pessoais…
Parece cliché, mas cresci imenso. Tornei-me uma pessoa melhor e hoje valorizo ainda mais os momentos passados com quem amo, seja família ou amigos. O contacto diário com pessoas de várias culturas, religiões e ideias fez com que desenvolvesse um respeito enorme pelo que é diferente e desconhecido. O crescimento profissional fez-me sentir realizada e ter vontade de fazer ainda mais e melhor. Também proporcionou-me fazer coisas que amo, como viajar, e ter uma qualidade de vida confortável devido ao salário que dificilmente teria conseguido em Portugal. Tornei-me minimalista e aprendi a ser mais descontraída e desligada da opinião dos outros. Aprendi que, afinal, não era assim tão longe ir a um concerto a Lisboa ou a um festival no Porto…
Que conselhos darias a quem pretenda arriscar?
Independentemente do país ou emprego, deem sempre o vosso melhor, não se acomodem e corram atrás. Mais facilmente encontrarão oportunidades e terão sucesso se forem trabalhadores esforçados e dedicados do que se limitarem a fazer o mínimo. Se quiserem vir para a Austrália, a prioridade deve ser encontrar um visto que vos permita trabalhar aqui. Existem imensas oportunidades de trabalho, mas de nada vos adianta se não tiverem um visto adequado. Se de alguma forma puder ajudar com algo, estou deste lado (@byjoanafeiteira).
Independentemente do país ou emprego, deem sempre o vosso melhor, não se acomodem e corram atrás.
Está nos planos o regresso a Portugal?
Sim, mas só ainda não sei quando. Quero muito voltar a morar e trabalhar em Portugal, mas antes de dar esse passo talvez ainda tenha uma experiência noutro país.
Por fim, e olhando para o teu percurso e onde estás agora…que diria a “menina” nascida e criada em Oliveira do Hospital à Joana de hoje?
Estás exatamente no lugar onde devias estar. Trabalhaste, esforçaste-te e mereces tudo o que conquistaste. Jamais esqueças de onde vieste e aqueles que te apoiaram. Não tenhas medo: “A sorte protege os audazes”.