A taxa de desemprego no Brasil ficou em 8,7% em setembro, redução de 3,9 pontos percentuais face ao mesmo período de 2021, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É a menor taxa registada no país desde o trimestre encerrado em junho de 2015, quando foi de 8,4%.
A taxa de desemprego no trimestre encerrado em setembro ficou praticamente estável face ao período anterior (abril a junho de 2022), com leve queda de 0,6 pontos percentuais.
Desde a última década, a taxa de desemprego no Brasil é divulgada mensalmente, mas considera-se como referência o trimestre móvel com os meses anteriores ao período reportado.
De acordo com o IBGE, o número de pessoas procurando emprego entre julho e setembro foi de 9,5 milhões, uma queda de 29,7% na comparação anual.
Os dados divulgados indicam que a população ocupada totalizou 99,3 milhões de trabalhadores em setembro – o maior da série histórica desde que o IBGE começou a monitorização em 2012 – com um aumento de 6,8% (6,3 milhões de pessoas a mais) em relação ao mesmo período de 2021.
No entanto, os dados mostram que o aumento dos dados foi sustentado por pessoas contratadas sem todos os direitos trabalhistas garantidos pela lei brasileira.
O número de brasileiros empregados sem contrato formal de trabalho no setor privado (13,2 milhões de pessoas) foi o maior da série histórica e indicou estabilidade no trimestre e elevação de 13% (1,5 milhão de pessoas) no ano.
A redução do desemprego é uma das principais bandeiras de campanha do Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que busca a reeleição no domingo, e tem cerca cinco pontos percentuais abaixo das intenções de voto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.