Os símbolos máximos dos poderes político e judicial de Brasília estão tomados por manifestantes, num protesto contra a eleição do chefe de Estado, Lula da Silva.
Os “bolsonaristas” furaram o cerco policial. Há imagens dentro do salão verde do Congresso, dentro e fora no Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal.
Nas imagens de agências internacionais, é possível observar uma “maré humana” – vestida e verde e amarelo – a derrubar barreiras de segurança e a subir em direção ao Congresso, edifício onde se situam a Câmara dos Deputados e o Senado.
O presidente do Congresso está a acompanhar a situação e fala numa situação anti-democrática. A polícia brasileira usou gás lacrimogéneo para tentar dispersar os manifestantes concentrados no exterior do edifício.
Também o presidente do Senado brasileiro, Rodrigo Pacheco, repudiou a invasão da sede do Congresso Nacional por apoiantes do antigo chefe de Estado Jair Bolsonaro, defendendo que “devem sofrer o rigor da lei com urgência”.
Na ação, estão empenhadas as forças de segurança do Distrito Federal, além da Polícia Legislativa do Congresso.
Apoiantes radicais de Bolsonaro, derrotado nas eleições, tinham convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Centenas de militantes radicais fiéis do ex-chefe de Estado estão acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, desde o dia seguinte às eleições de 30 de outubro, nas quais Lula da Silva derrotou Jair Bolsonaro.
O Presidente do Brasil, Lula da Silva, está em São Paulo a acompanhar os danos provocados pelas fortes chuvadas.
Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse, há uma semana, como o 39.º Presidente do Brasil.
No discurso, Lula da Silva agradeceu ao povo brasileiro, destacou a importância de lutar pela democracia e apontou duras críticas à governação de Bolsonaro.
A cerimónia contou com a tradicional passagem da faixa Presidencial que, este ano, não foi entregue pelo antecessor, mas sim por representantes da população do Brasil.
Governo português condena ações de violência e desordem em Brasília
O Governo português emitiu uma nota, através do MNE, em que “condena as ações de violência e desordem que hoje tiveram lugar em Brasília, reiterando o seu apoio inequívoco às autoridades brasileiras na reposição da ordem e da legalidade”. Acrescenta, também, que o “Governo transmite a sua inteira solidariedade à Presidência da República do Brasil, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, cujos edifícios foram violados nas manifestações anti-democráticas que tiveram lugar esta tarde”.