“Há uma expetativa que possa a partir do BRICS oferecer algo mais robusto, mais forte do ponto de vista da cooperação e da regulação”, defendeu esta semana o professor e economista brasileiro Marcio Pochmann.
A 14.ª Cimeira de Líderes do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) decorre esta quinta-feira (23), e tem como tema central a promoção “da parceria BRICS de alta qualidade, e inaugurar uma nova era para o desenvolvimento global”.
Numa entrevista ao jornal Diário do Povo Online, o economista, referiu que “a experiência que vem do Ocidente não tem oferecido resultados adequados”, e que “seria interessante avançar nesta iniciativa a partir do BRICS como sendo a oportunidade de ir ampliando gradualmente países que pudessem convergir com o espírito do BRICS”.
Pochmann lembrou que a criação deste mecanismo se deu quando se enfrentava uma crise financeira de grande proporção (em 2009), e destacou que “a ação dos países do BRICS proporcionou o apoio mútuo para enfrentarem o problema financeiro de impacto mundial”.
Passados 13 anos, “o mundo vê uma ordem internacional anacrónica à que emergiu da Guerra Fria em 1991”, observou, acrescentando que os conflitos na Europa, o Brexit, e a invasão do Congresso americano durante a transição do governo Trump para o governo Biden “são problemas que a ordem internacional previamente estabelecida já não oferece respostas adequadas”.
“Foram poucas experiências que conseguiram de certa maneira superar a visão interna e oferecer um horizonte de cooperação mais amplo para outros países”, disse Pochmann, sublinhando que o papel do BRICS “vai além de olhar para o conjunto de países e seus problemas, é “ter um olhar mais amplo para o mundo”.
Leia a entrevista na íntegra no site do Diário do Povo Online.