A autoridade reguladora de energia de Moçambique (ARENE) vai lançar, até ao final de julho, um concurso para desenvolver 60MW de projetos solares em Lichinga, província do Niassa, e Manje, província de Tete.
De acordo com o presidente da ARENE, Paulo da Graça, o concurso vai atribuir pelo menos 30MW por local e será incluído no programa de leilões de energia renovável do país (PROLER), gerido pela empresa estatal Eletricidade do Moçambique (EDM) e ARENE.
Atualmente, 90 MW estão pendentes de desenvolvimento no âmbito do programa PROLER, compreendendo uma central fotovoltaica (PV) de 50 MW em Lichinga, adjudicada a um consórcio da produtora de energia independente holandesa (IPP) Gigawatt Global e da Igreja Anglicana do Niassa; e uma central solar fotovoltaica de 40MW adjudicada, em abril, à subsidiária TotalEnergies Total Eren no Dondo, província de Sofala.
Perto do local proposto em Manje, província de Tete, a empresa de desenvolvimento de energia Ncondezi Energy, cotada em Londres, está a considerar outra central fotovoltaica e instalação de armazenamento de baterias.
A empresa está construindo uma usina a carvão de 300 MW no mesmo local em parceria com a China Machinery Engineering (CMEC), mas o consórcio está a aguardar a reestruturação da dívida há vários meses numa instalação de capital de giro de 750.000 dólares americanos.
A empresa sediada em Londres Solarcentry Africa deve anunciar um projeto fotovoltaico de 100 MW em Moçambique em breve, disse o chefe de finanças comerciais da Solar Century, Mark Crossley, à PFI no mês passado.
Fonte: CLBrief