No rescaldo da vitória na Volta ao Luxemburgo deste sábado, 18, João Almeia revelou estar “muito contente” com este resultado, que tem “um sabor especial num país onde um quinto da população é portuguesa”.
Durante toda a prova, João Almeida sentiu-se “em casa” e fez questão de realçar todo o “apoio incrível” que recebeu no Luxemburgo.
A vitória começou a desenhar-se na primeira etapa, quando vestiu a camisola amarela, mas no contrarrelógio de sexta-feira percebeu que ia mesmo ganhar “ao distanciar-me com uma margem grande do meu rival direto”, o suíço Marc Hirschi, confidenciou. Um dia depois, subiu ao primeiro lugar do pódio.
O ciclista tem noção de que alcançou hoje algo inédito, sendo o primeiro português a vencer a prova. “É um orgulho saber que bati um recorde” diz ao Contacto, que promoveu o encontro entre o camisola amarela e Acácio da Silva, um dos grandes nomes da história do ciclismo português que chegou a vencer uma etapa da Volta ao Luxemburgo em 1983.
Para Almeida, a presença de Acácio no Luxemburgo “foi importantíssima, é uma lenda do ciclismo”. O desejo do jovem ciclista de 23 anos, que este ano conta com duas vitórias em Voltas, na Polónia e no Grão-Ducado, é seguir-lhe os passos e “fazer história, inspirando também os mais novos”. Está no bom caminho.
O corredor luso, que venceu a Volta à Polónia em agosto, é o único português em prova. O Skoda Tour não convidou nenhuma equipa portuguesa este ano, apesar de ter trazido grandes nomes do ciclismo mundial, como o colombiano Nairo Quintana, o italiano Vincenzo Nibali, o norueguês Boasson Hagen, o holandês Bauke Mollema, o australiano Caleb Ewan ou dos luxemburgueses Bob Jungels e Ben Gastauer.