O Estado vai ser o único dono da TAP, depois de uma operação para limpar os prejuízos a realizar ainda este ano e que vai envolver os acionistas privados, como o empresário Humberto Pedrosa e pequenos investidores e trabalhadores.
A informação integra um documento da Comissão Europeia, que avançou para uma investigação mais aprofundada ao pedido de apoio à companhia aérea portuguesa feito pelo Governo.
O documento, datado de 16 de julho e divulgado ontem no âmbito da consulta pública, adianta que o Governo notificou Bruxelas, no dia 10 de Junho deste ano, da intenção de aplicar 3.200 milhões de euros na TAP. Neste montante, já estão incluídos os 1.200 milhões emprestados à companhia no ano passado.
Dos 3.200 milhões de euros, 2.726 milhões seriam aplicados “através de medidas de capital ou quase capital”, diz a Comissão Europeia.
O valor reparte-se por três fases: 1.200 milhões do empréstimo já concedido ao grupo em 2020 e que será convertido em capital este ano; uma injeção ou garantia estatal a conceder no segundo semestre deste ano e que será convertível em capital em Junho de 2022; e uma outra injeção a realizar também em 2022.