Sara Cerdas questionou, no Parlamento Europeu, o Subdiretor-Geral da Saúde, Rui Portugal, sobre os determinantes que contribuíram para os excelentes resultados de cobertura vacinal em Portugal, nomeadamente “quais as melhores práticas adotadas” e “de que modo estas poderão ser replicadas em outros países da UE onde ainda existe uma grande hesitação em relação à vacinação”.
A Comissão Especial sobre a Pandemia de COVID-19: Ensinamentos Retirados e Recomendações para o Futuro esteve reunida, na passada semana, no Parlamento Europeu com epidemiologistas de cinco Estados-Membros para uma troca de pontos de vista, em que Portugal esteve representado por Rui Portugal.
Rui Portugal, em resposta a Sara Cerdas, enalteceu algumas estratégias que permitiram uma melhor agilização da vacinação, como a acessibilidade às vacinas, o contacto com as pessoas através de diferentes canais de comunicação, entre eles mensagens, e também um bom sistema de monitorização e comunicação de risco. Embora, como apontou Sara Cerdas, “parte, mas não a totalidade destes resultados podem ser atribuídos à memória coletiva dum passado não muito distante, em que as mortes por doenças preveníveis por vacinação eram uma realidade em Portugal”.
Portugal é um dos países no Mundo com maior proporção de população vacinada contra a COVID-19: 95% da população vacinada com pelo menos uma dose, e 86% da população tem o esquema completo. Ao contrário, por exemplo, na Bulgária, onde apenas 30% da população tem o esquema completo.
A troca de pontos de vista cobriu uma análise aos principais desafios enfrentados pela UE na pandemia de COVID-19, medidas tomadas para resolver e ações a serem adotadas. Esta comissão especial tem como objetivo analisar a resposta europeia à pandemia nas áreas da saúde, democracia e direitos fundamentais, o seu impacto na sociedade e na economia, bem como o impacto internacional.