Segundo estudos de opinião, apenas o grupo dos já reformados está de acordo com a nova lei.
A greve também afetou fortemente os transportes públicos. Houve serviços mínimos nos autocarros, no metro e nos comboios suburbanos.
“Com as greves, levantamo-nos mais cedo, tentamos ver o que podemos fazer, mas nada muda, de qualquer forma. Chegamos sempre atrasados ao trabalho e somos penalizados. O patrão não quer saber por que estamos atrasados”, diz uma passageira do metro.
A companhia ferroviária francesa SNCF operou apenas três em cada quatro comboios de alta velocidade e um em cada dois comboios regionais.
Pelo menos 50 pessoas foram detidas em Paris durante as manifestações contra a reforma das pensões que mobilizaram cerca de 400.000 pessoas na capital francesa, de acordo com números dos sindicatos.
Apesar de a manifestação ter sido geralmente pacífica, registaram-se alguns incidentes e momentos de tensão, como quando os manifestantes incendiaram um restaurante ou danificaram a montra de um banco, segundo o diário Le Parisien.
Segundo a polícia de Paris, vários agentes ficaram feridos, incluindo uma agente atingida no capacete com uma pedra da calçada.
Em Paris e em outras cidades, manifestantes danificaram mobiliário urbano, montras e agências bancárias, ao que a polícia respondeu lançando gás lacrimogéneo, como sucedeu em Nantes e Lyon.
Manifestantes interromperam o tráfego no principal aeroporto de Paris e há protestos em curso noutras cidades francesas contra a revisão da lei das aposentações imposta pelo Governo do Presidente francês, Emmanuel Macron.
Um representante da CGT no aeroporto, Loris Foreman, disse ao canal BFM-TV que os manifestantes queriam “mostrar ao mundo e à Europa” que não querem estar a trabalhar aos 64 anos.
Cerca de 400.000 pessoas protestaram em Paris na 11.ª jornada de mobilização contra a revisão da lei das pensões em França, indicou o sindicato Confederação Geral do Trabalho (CGT), ainda sem números das autoridades disponíveis.