Em maio passado, quando o Presidente Sissoco Embaló dissolveu o parlamento, marcou as eleições legislativas para 18 de Dezembro.
Em finais de outubro, o governo explicou ao chefe de Estado que não era possível realizar eleições na data marcada porque, por exemplo, ainda não tinha conseguido iniciar o recenseamento eleitoral.
É que a maioria dos partidos políticos defendeu a realização de um recenseamento de raiz e que os cartões dos eleitores fossem biométricos para evitar possíveis manipulações do documento.
No passado dia 10 do presente mês de dezembro, o governo arrancou com o recenseamento eleitoral, um processo que deve decorrer na Guiné-Bissau e junto de algumas comunidades de guineenses em África e na Europa, até fevereiro.
O Presidente Embaló disse que estão reunidas as condições técnicas e acrescentou que ouviu o governo, a Comissão Nacional de Eleições e partidos políticos, tendo marcado a data da ida às urnas para 04 de junho de 2023.
O Presidente guineense marcou a nova data das eleições, numa altura em que persiste o desentendimento entre os partidos, com assento no parlamento dissolvido quanto à direção da CNE, que muitos consideram caduca, exigindo a sua substituição.