Perceber o que motiva o retorno a Portugal dos emigrantes recentes e avaliar esse regresso são os objetivos de um novo estudo – “Experiências e expectativas de regresso dos novos emigrantes portugueses: reintegração e mobilidades” -, que está a ser realizado por uma equipa de investigadores de universidades e institutos portugueses, e que tem no Luxemburgo um dos países centrais da sua análise.
O projeto parte de inquéritos online à população das comunidades portuguesas no estrangeiro, com foco nos fluxos migratórios das duas última décadas, pretendendo, por um lado, “compreender as perspetivas de regresso dos emigrantes e as relações que estes mantêm com o seu país de origem”, e, por outro, “analisar o processo de integração na sociedade portuguesa dos que já regressaram a Portugal”, explica José Carlos Marques, do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, que coordena o estudo.
A recuperação da crise económica em Portugal, iniciada após 2015, combinada com o lançamento do Programa Regressar, e as novas crises na Europa, como o Brexit, abriram uma expetativa de aumento dos movimentos de regresso ao país, que serve de base para a investigação, na qual três países vão ser estudados de forma mais aprofundada: França, Luxemburgo e Reino Unido.