Durante as buscas à casa de Teixeira, em North Dighton, Massachussetts, os investigadores encontraram um “pequeno arsenal” que incluía pistolas, espingardas e uma arma “de grande capacidade semelhante a uma AK-47”.
Além disso, o jovem terá publicado uma série de mensagens nas redes sociais, entre 2022 e 2023, em que expressava vontade de “matar uma série de pessoas” e de “eliminar mentes fracas”.
Entre as mais de 40.000 mensagens avaliadas pelos investigadores, Jack Teixeira terá feito referência ao uso de uma “carrinha assassina” para matar pessoas “em ambiente urbano ou suburbano”.
Uma outra mensagem, escrita a 23 de novembro de 2022, dizia: “Espero que o Estado Islâmico leve a cabo o seu plano de ataque e crie um massacre no Campeonato do Mundo.”
Além disso, os investigadores referem que Jack terá feito inúmeras pesquisas com termos relacionados com massacres, como “tiroteio em Las Vegas”, “tiroteio em Mandalay Bay” ou “Uvalde”, este último em referência ao tiroteio numa escola primária que matou 19 crianças e duas professoras.
No documento supracitado, o Departamento de Justiça dos EUA pede que o jovem seja mantido em detenção por tempo indefinido, acusando-o de obstrução da justiça por ter destruído vários aparelhos, como um telemóvel, um tablet e uma consola Xbox, quando percebeu que ia ser preso.
Lusodescendente acusado de divulgar documentos secretos dos EUA fica preso
Por outro lado, o jovem terá pedido aos outros membros do seu canal do Discord, usado para divulgar os documentos secretos da defesa dos EUA, que apagassem “todas as mensagens”.
Uma vez que há risco de fuga e de eliminação das provas, os investigadores consideram que Jack Teixeira deve ficar em detenção por tempo indeterminado.
O lusodescendente, membro da Guarda Área Nacional do Massachussetts, foi detido pelo FBI há duas semanas pela fuga de informação que revelou, entre outras coisas, a espionagem dos EUA a países aliados, ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e detalhes da evolução da guerra na Ucrânia.