Além das casas, o vento e chuva forte afetou ainda oficinas e armazéns do Conselho Municipal de Monapo e da procuradoria distrital, referiu Momade Araújo, administrador de Monapo, em declarações à comunicação social.
Segundo a fonte, as casas destruídas eram de construção precária, feitas na sua maioria de adobe e palha, elementos típicos de construção no meio rural moçambicano.
As autoridades locais avançaram que estão a mobilizar apoios, junto de parceiros, para a reconstrução das casas e apoio às famílias afetadas.
Moçambique, considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas no mundo, está em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de outubro e abril, com ventos oriundos do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.
Em novembro deste ano, o INGD – Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres anunciou que precisava de 7,4 mil milhões de meticais (112 milhões de euros) para a época das chuvas 2022/2023, período em que se prevê que pelo menos 2,2 milhões de pessoas sejam afetadas.
Na época chuvosa 2020/2021, o país foi assolado por eventos climatéricos extremos com destaque para a tempestade Chalane e os ciclones Eloise e Guambe, além de outras semanas de chuva intensa e inundações.
O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas do Idai e Kenneth, dois dos maiores ciclones de sempre a atingir o país.