Um cidadão português de 27 anos está entre os feridos provocados pelo atacante que hoje, dia 23, fez várias pessoas reféns, num supermercado em Trèbes, França.
Um português de 27 anos está gravente ferido na sequência do ataque desta sexta-feira num supermercado em Trèbes, no sul de França. O jovem morava naquela localidade, onde estava a realizar um estágio.
Numa primeira declaração, o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro confirmou a morte do jovem português no ataque terrorista no sul de França, que causou quatro vítimas mortais, entre as quais o atacante, e cinco feridos. No entanto, e após falar com a família do jovem, José Luís Carneiro veio dizer que a informação prestada estava incorreta e que a vítima está viva.
“Devido a erros na comunicação entre as entidades envolvidas na gestão da crise no local onde ocorreu o atentado, inicialmente foi transmitida à Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e à Embaixada em Paris a informação da existência de uma vítima mortal. Depois da realização de diligências junto de várias entidades, tendo em vista a certificação da identidade da vítima, verifica-se apenas haver registo de um cidadão português gravemente ferido e hospitalizado em Perpignan”, afimou José Luís Carneiro em declarações à Revista PORT.COM.
“Já falámos com a família do cidadão e deslocar-me-ei na manhã de sábado [24 de março] ao hospital, para me encontrar com a família e com as autoridades locais. À família será prestado todo o apoio consular por parte do Estado Português. Lamentamos o transtorno causado pela incorreção na informação prestada”, esclareceu.
Um amigo da família do jovem, Manuel Correia, contou que o português estava no carro que foi atacado por Redouane Lakdim, o marroquino que matou três pessoas na manhã desta sexta-feira. Na viatura – que Lakdim terá usado para chegar ao supermercado onde fez vários reféns – estava mais uma pessoa, que terá sido alvejada na cabeça, sendo uma das vítimas mortais.
“Foi quando ele ia a conduzir, mandaram parar, deram-lhe um tiro a ele, outro ao colega, o colega morreu, ele ficou ferido. Roubaram-lhe o carro e depois é que foram para o supermercado”, disse à agência Lusa.
Manuel Correia adiantou que o jovem está em França “há uns dois anos” e que os pais emigraram há mais tempo.