No início de julho, a Financial Conduct Authority (FCA) convocou os líderes de grandes bancos (HSBC, Natwest, Lloys Banking Group e Barclays) para falar sobre o facto de não serem tão rápidos na subida dos juros dos depósitos como são rápidos na subida dos juros dos créditos.
Então, o Banco de Inglaterra tinha a taxa diretora nos 5% (subiu já este mês para 5,25%) e, segundo o ‘site’ Moneyfacts, a taxa de juro média dos depósitos era de 2,43%.
Em comunicado, o regulador do setor financeiro do Reino Unido disse que quando “muitas pessoas sentem o aperto das taxas de juros e do crescimento dos preços é mais importante do que nunca que sejam oferecidas taxas de poupança justas e competitivas” e que a reunião “foi construtiva” e que daí saiu o compromisso de os bancos “fazerem mais” para que os clientes recebam melhores juros pela sua poupança.
Já no final de julho, em novo comunicado, a FCA disse que foram feitos progressos, mas que “precisam de ser acelerados” e estabeleceu um plano de 14 pontos para forçar os bancos a “passar as taxas de juro para os aforradores adequadamente”.
Assim, o regulador do Reino Unido deu o fim de agosto como prazo para os bancos que oferecem juros mais baixos justificarem como é que tal é “um valor justo” para os clientes. Disse ainda que irá “tomar medidas robustas até o final de 2023 contra aquelas que não puderem demonstrar o valor justo”.
“Queremos um mercado competitivo que ofereça as melhores propostas para os aforradores, em que as taxas de juros sejam revistas rapidamente após as mudanças na taxa diretora e as empresas levem os aforradores a mudarem para contas que remuneram melhor”, afirmou o dirigente da FCA Sheldon Mills, citado no comunicado.