A procura de Portugal como destino europeu tem continuado a aumentar e tem-se refletido não só no número de visitantes como também nas receitas.
Depois de um ano recorde em receitas em 2022 (€ 22 bilhões), o setor está confiante de que este ano a tendência permanecerá a mesma ou até superará os números do ano passado, com a contribuição da Jornada Mundial da Juventude para a receita. (Retorno econômico esperado de € 350 milhões).
“Tendo em conta o sucesso da Páscoa (+30% face a 2022), as perspetivas para o verão são muito otimistas com todos os indícios de que iremos atingir novos recordes”, afirma Ana Jacinto, Secretária-Geral da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (Associação Portuguesa de Hotelaria e Restauração).
Os primeiros quatro meses do ano registaram 19,4 milhões de dormidas, um aumento de 30% face a 2022 e de 14,2% face a 2019, o que representa um aumento de 40,2% face a 2019 em termos de receitas de alojamento turístico para mais de 1,3 mil milhões de euros, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Apesar de ser difícil prever a taxa de ocupação devido à evolução das reservas de última hora desde a pandemia, Pedro Machado, Presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP) está confiante no verão. “Dos estabelecimentos que contratamos, 25% têm pelo menos 85% de reserva garantida por três meses, o que é extremamente positivo neste período, principalmente em relação a agosto e setembro”, disse.
Acrescentou que o turismo na região nos primeiros quatro meses de 2023 cresceu 22% e “é seguro dizer que os resultados (este verão) vão superar os de 2019 e que 2023 será o melhor ano de sempre para o turismo no Centro de Portugal.”
O Presidente do Turismo do Algarve Posto de Turismo da Região do Algarve (RTA), João Fernandes, mostrou-se igualmente otimista. “Penso que este ano vamos igualar o melhor ano de sempre”, disse referindo-se a 2019 quando as taxas de adesão foram de 83% em julho e 92% em agosto desse ano.
De acordo com a AHRESP, de todos os mercados emissores no exterior, o EUA foi o que mais cresceu, registando um crescimento de 26,9% nas dormidas em 2022 face a 2019, consolidando uma tendência positiva que se verifica desde 2014/2015. Nos primeiros quatro meses do ano representaram um milhão de dormidas, +83,2% face a 2022.
No entanto, o mercado brasileiro, que tal como o americano foi o que mais cresceu até 2019, não tem acompanhado a tendência desde então, sendo o mercado que mais encolheu em 2019.
Não se esperam grandes mudanças nos principais mercados turísticos de Portugal: Reino Unido, Alemanha, Espanha e França, enquanto os portugueses continuam a representar um terço dos turistas no verão.