No âmbito da investigação, a polícia belga realizou 16 buscas domiciliárias e deteve ainda mais quatro homens, todos italianos.
Entre os suspeitos detidos encontram-se o secretário-geral da Confederação Internacional dos Sindicatos, Luca Visentini, o ex-eurodeputado dos Socialistas e Democratas Pier-Antonio Panzeri (no cargo entre 2004 e 2019), um dirigente de uma ONG e o companheiro de Kaili, Francesco Giorgi, que é assistente parlamentar, também ele ligado ao grupo dos Socialistas e Democratas no PE.
De acordo com o porta-voz do Ministério Público Federal, Eric Van Duyse, a investigação deste caso dura “há alguns meses”. Em causa estão indícios de “corrupção, branqueamento de capitais e organização criminosa” que alegadamente levaram o “país do Golfo Pérsico” a subornar os suspeitos para “tentar alterar as decisões políticas ou económicas do Parlamento Europeu”.
Os procuradores belgas revelam que das buscas resultaram ainda a recuperação de “cerca de 600 mil euros em dinheiro”, além da apreensão de “equipamento informático e telemóveis”, que “serão analisados como parte das investigações”.
Na sequência das detenções, o grupo parlamentar europeu dos Socialistas e Democratas anunciou a suspensão imediata da eurodeputada grega, pelo menos enquanto as investigações estiverem em curso.
O PASOK, partido socialista grego, onde Kaili estava filiada, foi mais longe e determinou já a expulsão da política.