A artista franco-portuguesa Maria Helena Vieira da Silva vai ser alvo de uma retrospetiva pelo Museu das Belas Artes de Dijon e o Museu Cantini (Museu de Arte Moderna da cidade de Marselha), em parceria com a Galeria Jeanne Bucher de Paris. Esta retrospetiva surge no âmbito da Temporada Cruzada França-Portugal e relembra os 30 anos do seu desaparecimento.
A retrospetiva reúne 80 obras da artista e reconstitui os passos importantes da sua carreira. Em Dijon, é apresentada a exposição em duas partes: uma consagrada ao percurso retrospetivo e cronológico da rica e múltipla obra de Vieira da Silva e a outra põe em relevo a relação privilegiada entre a artista e os seus amigos e mecenas, o casal Kathleen e Pierre Granville, casal que doou ao Museu das Belas Artes de Dijon 40 obras.
A primeira etapa da exposição terá lugar no Museu Cantini, em Marseille, até dia 6 de novembro e a seguir, estará exposta no Museu das Belas Artes de Dijon, de 16 de dezembro até 3 de abril de 2023.
Vieira da Silva nasceu em Lisboa em 1908, tendo emigrado para Paris aos 19 anos, para prosseguir os seus estudos. Regressou a Portugal, com o marido, na 2ª Guerra Mundial, acabando por rumar ao Brasil em 1940. Regressou a Paris no pós-guerra e adquiriu a nacionalidade francesa em 1956. Morreu em Paris em 1992.