A sede da ONU foi, por estes dias, com motivo da realização da 76ª Assembleia Geral, um dos maiores palcos mundiais e o centro da diplomacia internacional.
Cabo Verde, Angola e Guiné-Bissau aproveitaram a Assembleia Geral da ONU para condenar as discrepâncias e apontar o caminho que falta fazer para reduzir as desigualdades que a pandemia veio expor.
A organização das nações, que se uniram no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, tenta navegar uma vaga que pede uma mudança estrutural. O modelo de um conselho permanente a cinco vozes é cada vez mais contestado.
Jorge Carlos Fonseca, Presidente de Cabo Verde: “A revitalização das Nações Unidas passa pela necessidade de uma reforma do Conselho de Segurança que possa conferir uma maior abrangência dos Estados-membros na tomada de decisões atinentes à paz e à segurança internacionais”.
Umaro Sissoco Embaló, Presidente da Guiné-Bissau: “É preciso apoiar os mais vulneráveis, promover a criação de sistemas de saúde adequados e garantir a todos os países, sem distinção, um acesso rápido e equitativo às vacinas”
João Lourenço, presidente de Angola: “É chocante constatar-se a disparidade existente entre umas nações e outras no que respeita à disponibilidade de vacinas, pois estas diferenças permitem, em alguns casos, administrarem-se terceiras doses, enquanto noutros, como ocorre em África, a larga maioria das populações não está vacinada sequer com a primeira dose”.