O arqueólogo Cláudio Torres recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo Português, em reconhecimento de uma vida dedicada à investigação histórica e às causas do património cultural e da arqueologia.
A medalha foi entregue ontem, pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, numa cerimónia que teve lugar no Campo Arqueológico de Mértola (CAM), distrito de Beja, que Cláudio Torres fundou em 1978 e dirige.
Segundo o gabinete da ministra, o Governo Português entendeu prestar pública homenagem a Cláudio Torres, concedendo-lhe a Medalha de Mérito Cultural, «em reconhecimento do inestimável trabalho de uma vida dedicada ao estudo e à investigação histórica e às causas do património cultural e da arqueologia peninsular, tendo ajudado a preservar e a compreender, com a sua obra, uma parcela fundamental da nossa memória coletiva».
Cláudio Torres manifestou-se honrado com a decisão do Governo de lhe atribuir a medalha, que considerou «uma forma de haver, pela primeira talvez, uma certa atenção a um património em abstrato», que tem sido desvendado pelo CAM na “vila-museu” de Mértola.
Esta distinção é resultado de um «trabalho conjunto» e «indissociável de toda uma equipa, de anos de trabalho de centenas de jovens e de pessoas», que trabalharam em Mértola através do CAM, disse o arqueólogo, que nasceu em Tondela, distrito de Viseu, em 11 de janeiro de 1939.
Foto: © António Pedro Ferreira