Cabo Verde está a trabalhar com o Parque Industrial de Macau para implementar a medicina tradicional chinesa no país, como alternativa à medicina convencional, de acordo com o ministro da Saúde do país, Arlindo do Rosário.
Em 2019, o país assinou um acordo com o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa de Guangdong-Macau, com o objetivo de aprofundar a cooperação nesta área medicinal com a China.
Falando na cerimónia de entrega pela China de equipamentos aos serviços do Hospital Universitário Agostinho Neto, na Praia, o maior do país, Rosário disse que a medicina chinesa vai atuar como “alternativa” dentro do Serviço Nacional de Saúde de Cabo Verde.
“É também uma área que podemos continuar a aprofundar, para que possamos ter os dois medicamentos a funcionar em paralelo e complementares em Cabo Verde”, disse Arlindo do Rosário, citado pela imprensa local.
O objetivo de Cabo Verde de implementar a medicina tradicional chinesa visa criar um centro para servir também a África. A criação de legislação para regular a atividade é necessária, segundo as autoridades locais.
A China tem sido um dos principais parceiros de desenvolvimento de Cabo Verde, apoiando, além da saúde, militares, habitação económica, tecnologia, segurança e formação.
Na mesma ocasião, Rosário anunciou que Cabo Verde vai lançar em 2022 a construção de um bloco de maternidade e pediatria no segundo maior hospital do país, o Hospital Baptista de Sousa (HBS) em São Vicente, num projeto financiado pela China com cerca de 17,5 euros. milhão.
O ministro disse que os planos de arquitetura e engenharia estão em fase de elaboração.
O embaixador chinês em Cabo Verde, Xu Jie, disse que o bloco de maternidade e pediatria do HBS vai “melhorar substancialmente” o nível de cuidados médicos na região norte do país, que inclui também as ilhas de Santo Antão, São Nicolau, Sal e Boa Vista.