A exposição portuguesa ‘Viral, uma experiência contagiante’, no Palais de la Découverte, em Paris, ‘contagiou’ este fim de semana cerca de 80 portugueses residentes na capital francesa.
A mostra “Viral, uma experiência contagiante”, patente até 27 de agosto no Palais de la Découverte, foi especialmente aberta à comunidade portuguesa que pôde ouvir falar de ciência em português, primeiro numa conferência e depois numa visita à exposição acompanhada pelas explicações de cientistas portugueses que trabalham na capital francesa.
O público foi convidado a brincar com a ciência, por exemplo, através de máquinas de apanhar brinquedos em que os felpudos peluches representavam bactérias, através de coreografias para contagiar uma multidão virtual ou através de um questionário interativo.
Para a exposição, foram convidados cientistas que trabalham em Paris porque o objetivo era “ter à mão um cientista” para poder fazer perguntas.
“Sendo que França, e Paris em especial, têm tantos portugueses, nós podíamos dar-lhes a conhecer os cientistas portugueses que estão cá em Paris a trabalhar em instituições científicas”, explicou Rosalia Vargas, presidente da Ciência Viva, sublinhando que “não é uma exposição só ligada à biologia”, mas “ao contágio a todos os níveis: social, económico, político”.
A mostra, que pretende explicar os mecanismos de contágio, foi concebida pelo Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, em Lisboa, em parceria com os centros Universcience, em Paris, e Heureka, em Helsínquia, tendo estado em Lisboa entre novembro de 2015 e setembro de 2016.
Também presente no evento, a secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rollo, sublinhou à Lusa que “hoje em dia Portugal é um país onde se faz muito boa ciência e onde estão a ser lançados projetos de fronteira”, apontando os cientistas portugueses em França como “embaixadores” em contextos de “diplomacia científica”.
Como tradução livre do nome da exposição “Viral, uma experiência contagiante”, o Palais de la Découverte preferiu adotar como título “Viral: do micróbio à gargalhada, tudo é contagiante” porque “o ponto comum entre uma bactéria, um rumor e um bocejo é o contágio”, indica o folheto da mostra na língua de Voltaire.
Depois de Paris, a exposição vai para Helsínquia, na Finlândia e, a 1 de outubro, a Cité des Sciences et de l’industrie vai ter uma outra exposição – concebida pelo Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva – chamada “Era uma vez? Ciência” sobre a ciência que está por detrás das histórias de encantar.