O prazo de entrega das candidaturas terminou em 14 de agosto e dois dias depois decorreu o sorteio da ordem das 13 forças políticas no boletim de voto, colocando o Partido Trabalhista Português (PTP) em primeiro lugar, seguido de Juntos Pelo Povo (JPP), Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Chega (CH), Reagir Incluir Integrar (RIR), Partido da Terra (MPT), Alternativa Democrática Nacional (ADN), Somos Madeira (coligação PSD/CDS-PP), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Livre (L), CDU — Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV) e Iniciativa Liberal (IL).
Os cabeças de lista são Quintino Costa (PTP), Élvio Sousa (JPP), Roberto Almada (BE), Sérgio Gonçalves (PS), Miguel Castro (Chega), Roberto Vieira (RIR), Valter Rodrigues (MPT), Miguel Pita (ADN), Miguel Albuquerque (PSD/CDS-PP), Mónica Freitas (PAN), Tiago Camacho (Livre), Edgar Silva (CDU) e Nuno Morna (IL).
O BE, que perdeu a representação no parlamento madeirense nas eleições regionais de 2019, está confiante na conquista de pelo menos um mandato, apostando na “defesa dos serviços públicos essenciais, das pessoas que vivem dos rendimentos do seu trabalho e na denúncia do regime de privilégio instalado na região”.
Pelo PS, Sérgio Gonçalves quer derrotar a coligação PSD/CDS-PP, tendo na saúde uma das suas “grandes prioridades”. O partido promete implementar tempos máximos de resposta garantidos naquela área e, em matéria fiscal, pretende aplicar o diferencial de 30% em todos os escalões de IVA e IRS.
A coligação PSD/CDS-PP, que governa a região desde 2019, tem como objetivo assegurar a maioria absoluta para manter o rumo de “estabilidade, progresso e desenvolvimento” do arquipélago.
O Livre, por sua vez, sublinha a importância de cumprir a autonomia dos madeirenses, numa legislatura em que se celebrará os 50 anos da autonomia da Madeira, defendendo que para isso é necessário lutar pela proteção da natureza e equilíbrio ecológico, investir no estado social regional, na educação e no Serviço Regional de Saúde.
O prazo para suprir irregularidades processuais e substituir candidatos inelegíveis terminou na segunda-feira, mas até 30 de agosto decorre o período de recurso para o Tribunal Constitucional, devendo as listas definitivamente admitidas ser afixadas até 04 de setembro.
As anteriores regionais realizaram-se em 22 de setembro de 2019. Nesse ato eleitoral, num círculo único, concorreram 16 listas – de partidos únicos e uma coligação – que disputaram os 47 lugares no parlamento madeirense: PSD, PS, CDS-PP, JPP, BE, Chega, IL, PAN, PDR, PTP, PNR, Aliança, Partido da Terra – MPT, PCTP/MRPP, PURP, RIR e CDU (PCP/PEV).
O PSD perdeu então, pela primeira vez, a maioria absoluta, que detinha desde 1976, elegendo 21 deputados, e formou um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS elegeu 19 deputados, o JPP três e o PCP um.