Desde logo pelo aumento significativo da oferta hoteleira e de restauração de qualidade, bem como da oferta de experiências para fruir um território que, para além de um património histórico de exceção, tem magníficos espaços naturais como a envolvente do rio Nabão, a albufeira do Castelo do Bode ou a Mata Nacional dos Sete Montes.
Uma das novas centralidades de Tomar encontra-se precisamente junto ao rio, no coração da cidade: o Complexo Cultural da Levada integra um conjunto de espaços de vocação industrial que vêm já da época templária e tiveram incremento com a Ordem de Cristo que ali teve importantes moinhos e lagares.
Dos séculos XIX e XX, e testemunhos da significativa industrialização de Tomar nesse período, muito marcada pela força motriz do Nabão, a Fundição e a Central Elétrica têm hoje núcleos museológicos próprios que merecem uma visita.
Entre um e outro, encontra-se o recém-inaugurado Centro Interpretativo Tomar Templário, um equipamento explicativo que, através da sua narrativa e das diferentes formas de exposição, incentiva os visitantes a descobrir um território deslumbrante, onde, entre muitos séculos de história, a marca templária é dominante, mas que vai muito para além dela. São mais de três mil anos apresentados num percurso expositivo único e contínuo, organizado de modo cronológico com suaves passagens entre temas que abordam as transformações do concelho, desde a pré-história, passando pela presença de povos como os romanos, os visigodos ou os árabes, e em seguida da época medieval até literalmente aos nossos dias.
Pretende-se, com o circuito disponibilizado, com a narrativa concebida, assim como com a visita sensorial e tecnológica proposta (em que a acessibilidade é relevante, seja para pessoas com mobilidade reduzida, surdas ou invisuais), abrir portas à contemporaneidade local e que suscite uma reflexão no visitante sobre o desenvolvimento territorial e comunitário.
Articulado de forma ativa com a identidade do Município de Tomar e com a Rota dos Templários, este equipamento é o mote para afirmar e contribuir para a dinamização do município em diferentes redes nacionais e internacionais, assim como para o desenvolvimento e oferta de atividades concertadas em torno da Ordem do Templo e da Ordem de Cristo.
Continuando o percurso pelo Centro Cultural da Levada, encontra-se a Moagem A Portuguesa, um edifício que se destaca pela dimensão, porque o sistema industrial que utilizava funcionava em vários pisos. Essas características permitem-lhe hoje acolher A Moagem – Fábrica das Artes, um projeto em que vários artistas utilizam esses pisos como ateliers, numa simbiose perfeita entre a função original do espaço e a arte contemporânea.