O calendário do Mundial de Fórmula 2 para 2023, divulgado pela Union Internationale Motonautique (UIM), revela que as duas últimas provas do campeonato estão previstas acontecer no Peso da Régua a 16 e 17 de setembro e em Vila Velha de Ródão a 23 e 24 de setembro. O Mundial arranca no próximo fim de semana na Letónia.
Baião, através do circuito no espelho d’água do rio Douro, na Pala- Ribadouro, tem sido a pista “excelência” da competição internacional nos últimos anos, organizada pela UIM, em parceria com a Federação Portuguesa de Motonáutica. A competição vai agora subir o rio até à Régua.
A perda de Baião é assumida pela autarquia local, imputando a responsabilidade principal à falta de financiamento do Turismo de Portugal, via Turismo Porto e Norte.
“Uma coisa é o município assumir 20 ou 30 mil euros, outra coisa é suportar um investimento de 140 mil euros”, começa por justificar, ao JN, Paulo Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Baião. O autarca referiu que o Turismo de Portugal alega que deixou de financiar desportos motorizados. Porém, provas como o Rally de Portugal continuam a ser financiadas pela autoridade.
A realização da prova do Mundial de Motonáutica na Pala fazia parte da estratégia municipal de afirmação do “destino Baião” a nível internacional, nomeadamente através das transmissões televisivas.
Paulo Pereira acredita que a “aposta está conseguida” e, assim sendo, não há que chorar por leite derramado, mas sim “apostar noutras vertentes, como é o caso do Grande Prémio de Atletismo Douro Verde”, que já é realizado há dois anos na mesma zona ribeirinha da Pala, no Douro.
Um outro dado que, no dizer do responsável, também contribuiu para o “desinteresse” de Baião pela Motonáutica, é o mau relacionamento entre a Federação Portuguesa de Motonáutica e o Clube Náutico de Ribadouro. “As coisas no último ano já não correram bem”, acrescenta Paulo Pereira, considerando por isso que não vale a pena forçar entendimentos.