Iniciado como um incentivo ao livro e à leitura, o Prémio Candango de Literatura converteu-se em prémios disputados por oito categorias, na área da Lusofonia.
Em Romance, venceu Marcílio Godoi por “Etelvina’; em Poesia, Alexei Bueno por “O Sono dos Humildes”; em Contos, João Anzanello Carrascosa conquistou o prêmio com “Tramas de Meninos”. O Prémio Brasília coube a Alexandre Pilati com “Tangente do Cobre” (poesia). “Etelvina vai ficar muito mais amostrada com esse Prêmio Candango de Literatura e vai querer até rodar o Brasil inteiro”, comemorou Marcílio Godoi.
Em Incentivo à Leitura, o escolhido foi Gláucio Ramos Gomes com o projeto “Leitura na Esquina”. Na categoria PCD (Incentivo à Leitura para Pessoas com Deficiência), Gisela Maria de Castro Teixeira foi agraciada por “O Livro das Capitais”. O melhor Projeto Gráfico coube a Beatriz Mom (“Poesia é um Saco”, de Nicolas Behr) e a Capa deu a vitória a Jéssica Iancoski Guimarães Ramos (“As Laranjas de Alice Mazela”, de Géssica Menino).
Os vencedores nas categorias Romance, Poesia, Contos e Prêmio Brasília recebem, cada um, 30 mil reais (moeda do Brasil). Já as categorias Capa e Projeto Gráfico ficam com prêmios no valor de 12 mil reais, e os prêmios de incentivo à leitura ganham 15 mil reais cada. Cada um levou para casa um troféu-escultura assinado pelo artista André Cerino.
Instituído pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, com gestão do Instituto Cultural Casa de Autores, o primeiro Prémio Candango de Literatura atraiu inscrições de autores de seis países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Macau, Moçambique e Portugal.
Foram 1984 inscritos (sendo mais da metade do gênero feminino, com 1020 inscrições), dos quais 1465 se habilitaram a concorrer a 180 mil reais em prêmios. “Fico encantado com o sucesso dessa premiação , o número de candidatos, uma avalanche de textos, o que prova que a literatura brasileira está viva e atuante num momento difícil, no qual tudo é contra a cultura. É resistência. Vida longa ao prémio”, anunciou o curador Ignácio de Loyola Brandão.
A entrega dos prémios ocorreu a 21 de setembro no Teatro Plínio Matos, em Brasília, com atuações do músico Lenine e uma homenagem à escritora brasileira Lygia Fagundes Telles (1918-2022).