A deslocação de Poroshenko a Portugal permitiu “reforçar os laços bilaterais e a cooperação entre os dois países, no ano em que se evoca o 25.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas” entre Lisboa e Kiev.
O Presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, realizou ontem uma visita oficial a Portugal, na qual teve encontros institucionais ao mais alto nível, com o objetivo de fortalecer a cooperação entre os dois países.
Petro Poroskenko foi recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, e pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, no parlamento.
Poroshenko, reuniu-se com o primeiro-ministro, António Costa, no Palácio das Necessidades – sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros – durante cerca de 30 minutos, seguindo-se a assinatura dos acordos e memorandos de entendimento pelos dois países.
Os instrumentos têm o objetivo de “aprofundar a cooperação, no ano em que se assinala o 25.º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas” bilaterais, segundo o Governo português.
O acordo sobre cooperação económica “visa reforçar as relações económicas bilaterais”, em áreas como a indústria química, as infraestruturas, transportes, ambiente e turismo.
Além deste, os dois países assinaram um memorando de entendimento na área da eficiência energética, energias renováveis e combustíveis alternativos, que visa “identificar e aproveitar oportunidades para a realização de projetos conjuntos” nestes domínios.
“O estímulo e apoio à cooperação entre entidades empresariais dos dois países será uma das prioridades na implementação desse instrumento jurídico”, acrescenta uma nota do executivo português.
Durante a tarde, o chefe de Estado ucraniano fez um passeio de elétrico por alguns dos bairros típicos de Lisboa e, à noite, jantou com Marcelo Rebelo de Sousa.
Ucrânia elogia apoio de Portugal
O Presidente elogiou o apoio de Portugal à “soberania e integridade territorial” do país. Petro Poroshenko agradeceu também “a Portugal e a todos os membros da UE” a decisão adotada em 15 de dezembro sobre o prolongamento das sanções à Rússia, relacionadas com a anexação da Crimeia em março de 2014 e o início da guerra no leste do país entre o exército ucraniano e forças separatistas russófonas das regiões de Lugansk e Donetsk.
“Quero sublinhar que isto não é uma forma de colocar a Rússia sob mais pressão, mas é o único instrumento que possuímos para que a Rússia fique motivada para entrar num ciclo de reuniões e respeite os acordos de Minsk”, especificou.
O apoio à comunidade ucraniana residente em Portugal e a possível construção de uma Casa da Ucrânia foram desejos manifestados por Poroshenko, que convidou o seu homólogo português para visitar oficialmente à Ucrânia, e que foi aceite, como confirmou.