O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse hoje estar “profundamente preocupado” pela segurança do povo haitiano, em particular os mais vulneráveis, numa situação em que se combinam protestos de rua, falta de produtos básicos e a próxima chegada de um furacão.
No cenário de revoltas civis e cortes de estrada generalizados, Guterres pediu “calma e a maior moderação possível”, e ainda evitar a violência e “permitir à polícia nacional o cumprimento do seu mandato de proteger a população”.
Guterres apelou às partes em conflito que “superem todas as diferenças e se comprometam sem mais atrasos a um diálogo pacífico e inclusivo”.
A ONU recordou hoje que os bloqueios nas estradas estão a dificultar o envio de assistência humanitária aos mais vulneráveis, apesar de os funcionários das organizações humanitárias estarem “preparados para apoiar as pessoas necessitadas em todo o país”.
A prevista chegada do furacão Fiona, na próxima segunda-feira, agravará as dificuldades de comunicação e fornecimento de bens essenciais.
No designado Plano humanitário 2022 para o Haiti, a ONU apenas conseguiu recolher 21 milhões de dólares (o mesmo valor em euros), menos de 6% dos 373 milhões de dólares solicitados pela organização mundial.