Cheguei ao Dubai em novembro de 2014 para trabalhar, sem nunca ter sequer visitado os Emirados Árabes Unidos, ou qualquer outro país do Médio Oriente. Apesar de ter tido o apoio incondicional da minha família, confesso que recebi várias chamadas de amigos a tentarem dissuadir-me de embarcar sozinha numa aventura tão grande quanto esta. Munida do meu habitual otimismo, decidi aplicar na minha vida a máxima de Richard Branson: “If somebody offers you an amazing opportunity but you are not sure you can do it, say yes – then learn how to do it later!” [tradução: Se alguém te oferece uma magnífica oportunidade, mas não tens a certeza se a podes concretizar, diz sim – depois aprende como fazê-la].
Esta oportunidade de emprego para o Dubai surgiu de forma inesperada através do meu perfil no LinkedIn. Uma mensagem privada enviada pela especialista em Recursos Humanos do Grupo Emirates mudou a minha vida para sempre.
Apaixonei-me pelo Dubai, onde tudo é construído para impressionar: o Burj Khalifa, o edifício mais alto do mundo com 160 andares (é tão alto que permite ver o mesmo pôr-do-sol duas vezes no mesmo dia) e o Dubai Mall, que é o maior centro comercial do mundo com mais de 1 200 lojas e uma área total equivalente a 50 campos de futebol, são apenas dois exemplos dessa imponência.
Da mesma forma, trabalhar no Dubai também me impressiona pela dimensão, sobretudo quando falamos no Grupo Emirates, uma empresa onde trabalham quase 100 mil pessoas e onde é necessário gerir as mais diversas sensibilidades, crenças e formas de pensar e trabalhar.
O departamento de Social Media, onde me insiro, é composto por cinco elementos: uma emirati, um belga, um turco, um indiano e uma portuguesa, eu. A nossa equipa faz parte do departamento de Marketing e Relações Públicas, com mais 25 elementos e uma mistura ainda maior de nacionalidades. À minha responsabilidade ficaram a gestão e o crescimento contínuos da presença nas redes sociais de várias marcas do grupo, como a agência de viagens data Travel e a agência de tours e safaris Arabian Adventures, entre outras.
A comunidade portuguesa presente no Dubai já tem alguns milhares de pessoas e eu tive a felicidade de conhecer portugueses incríveis e corajosos que se tornaram amigos para a vida.
Viver no Dubai é sinónimo de segurança absoluta, de qualidade de vida (já que os salários são altos e livres de impostos), e também de eterna “sensação de estar de férias” com calor, sol e praia o ano todo. É ainda sinónimo de comer bem, de trabalhar de domingo a quinta-feira (o fim de semana é sexta-feira e sábado) e de ter acesso a uma infinidade de concertos, exposições de arte, mercados ao ar livre e eventos culturais de forma gratuita. Uma experiência incomparável que tive a sorte de poder aproveitar!