Ser português é uma marca de identidade composta por muitas coisas. O território, o fado, os sabores e os cheiros e, claro, a Língua.
Não se nasce português, alemão, canadiano ou sueco. A identidade nacional, como as outras identidades, vai-se adquirindo e construindo ao longo da vida. É cultural e vai ganhando forma à medida que as nossas próprias vivências ganham corpo e, neste caso, cenário, mapa, localização.
Não se nasce português, mas quem o é morre português e tem o mundo inteiro para sê-lo porque se há caraterística que nos distingue como povo é esta capacidade, ancestral, de ir em busca de outros territórios para exploração.
A busca do novo, do desconhecido, da aventura, a procura de uma vida melhor é algo que sempre caraterizou o povo luso.
Por terra com Afonso Henriques, por mar com Vasco da Gama ou pelo ar com Gago Coutinho e Sacadura Cabral, sempre soubemos partir. Guiados pela musicalidade da língua de Camões e embalados pelas ondas do mar imenso que nos guiam os sonhos, os portugueses poem o coração na mala e partem.
Porque sabem que têm um mundo inteiro para sê-lo e que ser português cabe em cada canto dos quatro que o mundo tem.
É com este espírito de comunhão que a revista Comunidades se identifica com os portugueses que, por força da vida, emigraram e atualmente trabalham e vivem no estrangeiro, com a eterna companhia da palavra “saudade” que os liga às suas origens, Portugal.
Que este projeto – Comunidades – possa ser mais um canto de portugalidade, dessa, que nos faz especiais na relação com os portugueses em qualquer lugar do mundo.
Falando em portugalidade, não podemos deixar de louvar a iniciativa do atual Presidente da Républica, Marcelo Rebelo de Sousa, que estendeu também as comemorações do Dia de Portugal a países com forte emigração, num espírito de verdadeira união dos portugueses, para além de que, desde o início das suas funções como Presidente, sempre ter acarinhado e reconhecido o valor da emigração, sendo o único político português que nas suas viagens oficiais encontra sempre um espaço no programa oficial para estar e conviver com os portugueses residentes no país que visita, criando um espírito de verdadeira coesão nacional, como a revista Comunidades já teve oportunidade de assistir.
Daí, o nosso empenho em apoiar a nobre iniciativa do Presidente da República e estarmos presentes todos os anos nas Comemorações, levando um pouco do nosso Portugal moderno, empreendedor e acolhedor a cada um dos portugueses que participam nas Cerimónias oficiais, no estrangeiro.
Cá os esperamos no próximo mês de agosto, quando nos visitarem para o merecido período de férias e, como habitualmente, vamos e dar-lhes as Boas-Vindas com todo o carinho nas ações que estamos a preparar para os receber.