Estamos em período de férias, o que significa que é a altura do ano em que centenas de milhar de compatriotas nossos, residentes no estrangeiro, nos visitam, dando vida às nossas terras do interior e do litoral, animando os nossos lares, festas, restaurantes e estabelecimentos comerciais, em busca das recordações e das afetividades das respetivas origens.
É um período de alegria e de reeencontros, que serve para recarregar baterias e preparar novos desafios. Por isso, é muito importante que toda esta massa humana, tão portuguesa como os que vivem por cá, leve boas recordações e, sobretudo, sinais de esperança para o futuro coletivo e individual.
É fundamental que todos sintam que o nosso querido Portugal pode vir a estar melhor no futuro e, essencialmente, mais recetivo e próximo de todos os que vivem no estrangeiro e que partilham os ideais e os valores históricos na Pátria de Camões.
Por isso, este é o tempo para procurarmos o que nos pode unir e não o que nos divide.
Saibamos afastar-nos dos “velhos do Restelo” e dos maledicentes profissionais para nos afirmarmos pela positiva, procurando os tais fatores de união de forma a construirmos um futuro coletivo mais risonho e positivo.
Neste contexto, devo assinalar que achei bem que o atual Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas tenha recentemente defendido a necessidade de se vir a adotar um Plano Estratégico para as nossas Comunidades.
Sinceramente, acho uma boa ideia, que, embora em contradição com algumas práticas do Governo e do Partido que o suporta, poderá vir a criar expetativas positivas.
É verdade que nos últimos tempos várias foram as medidas e as decisões do Governo socialista, que nos desiludiram profundamente: o voto eletrónico foi ignorado; os espaços do cidadão, o e-consul, os novos sistemas de agendamento e o novo sistema de gestão consular não se traduziram em mais-valias para a melhoria dos nossos Consulados; a rede de ensino do Português está a encolher e não acompanha a dinâmica das Comunidades; os apoios sociais chegam a cada vez menos pessoas, aumentando as bolsas de portugueses carenciados no estrangeiro; foram recusadas várias propostas positivas para a reforma do funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas…
Porém, sou um homem de fé e de esperança e, como tal, quero acreditar nas boas intenções do Dr Paulo Cafôfo ao prometer este Plano Estratégico para as nossas Comunidades…
E, já agora, também quero acreditar que o novo Consulado Virtual será bem diferente daquele que foi lançado há uns anos, também por um Governo socialista e que se traduziu no mais absoluto fracasso.
Por isso, deixo aqui a minha crença de que poderemos vir a ter boas notícias no futuro para os portugueses residentes no estrangeiro. Sinceramente, espero que tenhamos resultados positivos destas medidas anunciadas ou em início de execução.
Por isso, estaremos atentos aos resultados concretos e não apenas às palavras, em nome da tal esperança que é devida aos nossos compatriotas que tanto lutam no estrangeiro por um Portugal mais moderno…
Um grande abraço a todos os que, portugueses ou de origem portuguesa, agora visitam Portugal, dando vida e alegria às nossas Terras!