Das 48 ocorrências, em Portugal continental (na presente época), 24 foram interdições pelos delegados de saúde e, as restantes, desaconselhamento da APA.
Segundo os dados, divulgados num comunicado, 12 foram por precaução (chuvas intensas, baixo volume da albufeira e avaria de estações elevatórias), 34 (71%) devido a contaminação bacteriológica e 2 (4%) devido a algas.
Na época balnear do ano passado registaram-se 94 ocorrências, das quais 42 resultaram em desaconselhamentos e 52 em interdições.
O esclarecimento da APA surge no mesmo dia em que a associação ambientalista Zero alertou para o agravamento da qualidade da água nas praias nesta época balnear, revelando que 28 já estiveram interditadas e dezenas já tiveram banho desaconselhado ou proibido.
“As restrições ao banho são medidas de gestão em circunstâncias excecionais, que visam proteger a saúde dos banhistas. A imposição de um desaconselhamento ao banho é da responsabilidade da APA, já a imposição de uma interdição é da responsabilidade da Autoridade de Saúde Regional. Podem, ainda, acontecer restrições ao banho, por outras razões de segurança, que não relativas à qualidade da água, por iniciativa dos municípios (seja pela Proteção Civil Municipal ou não), ou das capitanias, no âmbito das suas responsabilidades”, esclarece a agência no comunicado.
E explica que cada água balnear “banha” uma ou mais praias, pelo que o desaconselhamento ou a interdição de uma água balnear, pode impedir o banho em mais do que uma praia.
Para a presente época balnear foram identificadas 511 águas balneares em Portugal continental, sendo 359 águas balneares costeiras e de transição e 152 águas balneares interiores.
A APA, explica ainda, durante cada época balnear realiza mais de 9.000 análises que garantem uma vigilância às condições de qualidade para a prática balnear, correspondendo a um investimento de 216 mil euros só em análises, a que é preciso somar os custos de recolha das amostras em todas as águas balneares identificadas.