Paulo Cafôfo, atual Secretário de Estado das Comunidades, definiu as seis grandes áreas de atuação do seu Gabinete 1. Rede Consular. 2. Conselho das Comunidades Portuguesas e Ensino de Português no Estrangeiro. 3. Apoio Social e Programa Regressar 4. Autarquias, Gabinetes de Apoio ao Emigrante, associativismo e dinamização cultural. 5. Investimento e empreendedorismo da diáspora. 6. Produção legislativa e processos eleitorais.
No roteiro de visitas, iniciado no passado mês de abril às comunidades portuguesas e com o slogan “Portugal no Mundo: Caminhos para a Valorização das Comunidades Portuguesas”, parece prometer algo de novo na comunicação com os portugueses e lusodescendentes que vivem e trabalham no estrangeiro.
Esperemos que o discurso não se fique apenas pelas palavras, que ficam sempre bem em qualquer visita oficial e criam expetativas. Recorde-se que o “discurso” já é repetitivo e foi iniciado no ano 2007, em que António Braga (PS) fez estas promessas, seguido por José Cesário (PSD), José Luís Carneiro (PS), Berta Nunes (PS) e agora Paulo Cafôfo (PS).
Veremos se desta vez resulta e se, finalmente, os portugueses residentes no estrangeiro começam a andar mais tranquilos e protegidos, deixando de ter necessidade de marcações com 2/3/4/5 meses para tratar qualquer assunto e em qualquer consulado da europa e no resto do mundo.
Paulo Cafôfo disse, em Luanda, que esteve reunido com a presidente-executiva da TAP, tendo manifestado “uma grande preocupação” no que diz respeito a servir os países que têm comunidades portuguesas, bem como aqueles com os quais Portugal mantém relações privilegiadas. “A questão é vermos, em termos de crescimento, aquilo que é possível fazer dentro do contexto em que a TAP está e há opções que são da própria administração, e não do Governo”, disse o Secretário de estado das Comunidades.
Mas, sendo o Estado o acionista maioritário da TAP não tem uma palavra a dizer, ou apenas serve para fazer injeções de capital na companhia com o dinheiro dos contribuintes? Aqui está um assunto que poderemos abordar numa próxima edição, com sugestões para uma solução que permita realmente a TAP ser uma companhia de bandeira servindo os interesses dos portugueses.
Luís Montenegro, que ganhou preponderância política com Pedro Passos Coelho, ao assumir a liderança do grupo parlamentar após as eleições legislativas de 2011, ganhas pelo PSD é o novo líder do PSD, tendo conseguido mais de 70% dos votos, numas eleições disputadas contra Jorge Moreira da Silva.
Nas declarações prestadas após os resultados da votação, prometeu um PSD “mais coeso e mais unido”, afirmando que “vai conseguir reencontrar-se com os portugueses, conquistando a sua confiança ao longo dos próximos anos.
Não podemos deixar de recordar que Luís Montenegro, que agora pretende um partido “coeso e unido”, em janeiro de 2020 e em plena preparação de campanha eleitoral, desafiou Rui Rio, num ato de pura destabilização, um líder sério e honesto que não está na política para enriquecer, mas sim para servir o país com uma visão de futuro. Memórias curtas, como nos filmes de curta-metragem.
Este ano o país comemora o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas em Braga e Londres, junto da comunidade portuguesa no Reino Unido. Como sempre, damos importância a este dia, que é de todos os portugueses e, em especial, dos que vivem e trabalham no estrangeiro e que o Presidente da República nunca esquece. Para levar um pouco do nosso Portugal a estes conterrâneos a revista Comunidades acompanhará estes eventos com oferta de exemplares nos locais das celebrações