O The Anarchist (O Anarquista em português) foi inaugurado em março de 2022 e era descrito pelos seus proprietários como um “café anticapitalista e anticolonial”, localizado num “espaço comunitário radical em terras roubadas”, onde havia produtos por que os clientes “pagavam o que podiam”. Um ano e dois meses depois de abrir portas voltou a fechá-las, de forma definitiva.
Segundo o Daily Mail, o estabelecimento comercial teve dificuldades em obter lucros. Para fazer face às despesas, os donos decidiram começar a cobrar quantias superiores por bebidas à partida mais baratas, algo que foi fortemente criticado pelos clientes.
De acordo com o menu disponível online, um café “drip” e os produtos de pastelaria tinham o preço que o “cliente quisesse”. Já um expresso custava €3,75 enquanto um Chai Latte ou um Moca chegava aos €5,75. O The Anarchist vendia ainda autocolantes, camisolas e cartazes anticapitalistas.
“Infelizmente, a falta de riqueza / capital – fruto de fontes eticamente falidas – deixou-me incapaz de enfrentar a estação tranquila do inverno ou de crescer de forma sustentável a longo prazo (…) Que se lixem os ricos. Que se lixe a polícia. Que se lixe o Estado. Que se lixe o campo de extermínio em que vivemos que se chama Canadá”, escreveu o proprietário Gabriel Sims-Fewer.
No último ano, o dono do The Anarchist foi também criticado por vários comentários que fez, os mais recentes na altura em que a rainha de Inglaterra, Isabel II, morreu. “Pelo menos um parasita real morreu” foi uma das frases assinadas por Gabriel Sims-Fewer no Instagram.
Apesar do encerramento do espaço, o proprietário diz ter vivido uma “experiência incrível”, com muitos membros da comunidade a “gerarem um debate desesperadamente necessário”.