O Governo afirmou que os argumentos do PCP e do Bloco de Esquerda, para justificar a rejeição do Orçamento de Estado para 2022, “não resistem aos factos” apresentados pelo PS.
“Não havia qualquer razão, objetivamente, para o chumbo do Orçamento, que era o mais robusto dos últimos seis anos”, referiu o Partido Socialista, na resposta ao discurso dos dois partidos de esquerda que justifica o chumbo da proposta do Orçamento de Estado para 2022.
Numa comunicação enviada às redações, o Governo enumerou “factos” que rebatem as acusações do PCP e BE de que “o OE não respondeu às medidas propostas” pelos dois partidos durante o processo negocial, o que levou à votação contra o Orçamento.
Na contra-argumentação, o Governo sublinhou que este contemplava “medidas de grande alcance para melhorar a situação das famílias e das empresas e dos serviços públicos”, medidas essas que incluíam “aumentar substancialmente o rendimento disponível, dinamizar a economia e melhorar os serviços públicos”, que se somariam a “todas as conquistas dos últimos anos de governação do PS”, referiu.
Por isso, “a crise política aberta pelo BE e pelo PCP”, que em orçamentos passados foram os parceiros do Governo “e com bons resultados em termos de desenvolvimento económico e social”, foi “completamente gratuita e desnecessária e um claro prejuízo para Portugal, para os portugueses e para o prestígio internacional do país”.
Recorde-se que uma das principais críticas apontadas pelos comunistas, e um dos argumentos do PCP para a rejeição do OE2022, foi que “o Governo não deu os sinais e não assumiu os compromissos” que o partido (PCP) reivindicou.
Por outro lado, o Bloco de Esquerda disse “não” à proposta do Orçamento apresentado pelo Governo por considerar que este “não incluía qualquer das prioridades do partido”, nomeadamente em matéria de IRS, SNS, Cultura e restantes serviços públicos, por não “responder ao país” e apresentar “medidas de alcance limitado”.