Sob o forte impulso do Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr. José Luís Carneiro, o Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora, GAID, assumiu progressivamente, durante 2016, a natureza de uma plataforma orgânica e funcional vocacionada para o apoio e facilitação dos projetos de investimento dos agentes empresariais da Diáspora bem como de acolher e encaminhar as propostas de internacionalização de micro e pequenas empresas de base regional, atuando em estreita coordenação com o Gabinete do Secretário de Estado da Internacionalização que, como é sabido, detém a tutela da AICEP.
O reforço das suas atribuições, domínios de atuação e a criação de renovados instrumentos de trabalho de que se foi dotando, resultaram, em larga medida, de uma leitura atenta e consciente da importância estratégica do peso económico global do empreendedorismo das Comunidades Portuguesas e do seu duplo potencial, enquanto origem de fluxos de investimento e de destino de iniciativas de diversificação de mercados por parte de empresários portugueses da dimensão de atividade acima referida.
Tratou-se afinal, e basicamente, de criar e introduzir novos paradigmas de abordagem da realidade da Diáspora na sua vertente e expressão económica e geradora de negócios, assente numa lógica interativa e abrangente com a rede diplomática e consular, com as empresas criadas ou detidas por portugueses residentes no exterior, com os responsáveis do associativismo empresarial e de Câmaras de Comércio em todas as geografias da Diáspora, sem distinção de setores de atividade empresarial. Neste contexto, o GAID lançou uma base de dados, em constante atualização, onde constam já cerca de 7.000 micro/pequenas empresas e 66 Câmaras de Comércio ativas e inscreve-se numa rede de pontos focais interministeriais com intervenção e competências em domínios-chave na perspetiva da sua ação, como o turismo, a fiscalidade, a internacionalização ou as candidaturas a fundos comunitários. O GAID, após 10 meses de trabalho, acompanha presentemente um conjunto já muito significativo de projetos de investimento com origem na Diáspora, sendo prevalecentes os setores dos serviços, do turismo, da logística, do património imobiliário do Estado, da tecnologia, inovação e energias renováveis, correspondendo a um potencial bruto de negócios, em curso, de expressão assinalável.
Por outro lado, o Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora, viu reforçadas as suas valências através da renovação do espírito e letra dos Protocolos de Cooperação de 2ª geração assinados entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros/Direção Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesas e os Municípios onde já funcionavam Gabinetes de Apoio ao Emigrante ou que, entretanto, pretenderam dotar-se de uma tal estrutura. Hoje, já 129 Municípios dispõem de GAE’s. Substancialmente mais densos, sobretudo nas vertentes económica, do investimento, da internacionalização, da valorização da promoção do desenvolvimento regional e da responsabilidade partilhada na divulgação e informação dos seus conteúdos, tais instrumentos vieram criar as plataformas fundamentais à interação GAID/GAE’s e ao trabalho em rede necessário para vincar os laços de proximidade e ligação da Diáspora às suas origens.
É neste contexto, que com naturalidade, surge o “I Encontro de Investidores da Diáspora”. Sob inspiração e orientação do Senhor Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas pretende-se, nos dias 16 e 17 de dezembro, em Sintra, dar alcance prático e visibilidade ao labor desenvolvido. Numa lógica de networking, de partilha de experiências e afinidades, de avaliação de complementaridades, diferenças, desafios, interesses e de exploração de eventuais bases de parcerias e negócios, quase 300 empresários, presidentes de Câmaras de Comércio e Municípios encontrarão, numa envolvente estimulante e adequada que o Município de Sintra a todos proporcionará, irão dialogar e apresentar exemplos e de sucesso e de realização e deixar abertas as portas para o conhecimento do que cada um e todos fazem e representam. Convergindo para Portugal. Porque, a partir de Portugal, é determinante “Conhecer para Investir”.