O Conselho da Diáspora Portuguesa reuniu-se em Cascais e contou com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros e do Presidente da República.
O Conselho da Diáspora Portuguesa esteve reunido em Cascais para debater o talento português e a atração de investimento, com a presença de diversos líderes empresariais, membros do Governo e personalidades institucionais nacionais.
Os painéis abordados durante a reunião deste ano tiveram como temas “Como potenciar e projetar o talento português em Portugal” e as “Vantagens do contexto: como pode Portugal reforçar a sua competitividade”.
Na ocasião, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, realçou a importância do Conselho da Diáspora Portuguesa, destacando que é «um importante instrumento diplomático português».
«Não me esqueço da importância que o Conselho da Diáspora teve quando, em 2012, foi formado no auge da crise», frisou o governante, na sessão de abertura do sexto Encontro Anual deste organismo, que decorreu no Palácio da Cidadela, em Cascais.
Augusto Santos Silva, que tem o cargo de vice-presidente honorário do Conselho da Diáspora Portuguesa, falava para uma plateia com dezenas de portugueses destacados no mundo.
«O número dos emigrantes temporários [pessoas em constante mobilidade] é duas vezes superior aos emigrantes permanentes» e terá tendência a ser «cada vez mais crescente», destacou. E, detalhou: «Que nós saibamos, há portugueses a viver em 178 países diferentes do mundo e nacionais de 185 diferentes do mundo a viver hoje em Portugal e damo-nos bem com isso. Evidentemente, nas sucessivas vagas de emigração foram sendo constituídas comunidades portuguesas».
«Aos dois milhões e 300 mil naturais de Portugal que residem no estrangeiro, se somarmos os que são filhos e netos de portugueses, chegamos perto dos seis milhões. Estas comunidades são muito fortes, estão muito enraizadas e são um exemplo claro, concreto e real de que é possível estar integrado numa sociedade que nos acolhe sem perder o vínculo com o país a que pertencemos e do qual partimos», diz. «Precisamos de trazer para cá aquilo em que Portugal é extremamente deficitário», disse ainda, referindo-se à importância de instrumentos que permitam atrair capital económico e humano para Portugal.
A sessão de encerramento contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, presidente honorário deste organismo. Durante o seu discurso, o chefe de Estado fez uma reflexão sobre o estado do mundo, a Europa e Portugal perante as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
Criado em 2012, então com 24 membros, o Conselho da Diáspora Portuguesa integra hoje 95 conselheiros, residentes em 27 países, num total de 47 cidades, a maioria nos Estados Unidos e Canadá.
Foto em destaque ©Igor Lopes