O Conselho de Ministros desta quinta-feira terminou (após longas horas) e o Governo revelou as novas medidas em vigor no âmbito do combate à pandemia da Covid-19 em Portugal.
Será exigido um certificado digital ou um teste negativo para aceder a estabelecimentos turísticos em todo o país. Nos concelhos de maior risco será necessário também para a entrada em restaurantes, de sexta a domingo.
“O ponto de situação da pandemia no nosso país é a de uma incidência de 254.8 e um Rt de 1.20 no Continente”, começou por explicar Mariana Vieira da Silva, acrescentando que “continua a verificar-se um agravamento da pandemia”, em particular nesta semana.
A média diária de casos subiu 54%, apontou ainda a ministra de Estado e da Presidência. “Portugal continua na zona vermelha da matriz” de risco e, do ponto de vista do território, “vemos alargar o número de concelhos aos quais se aplicam um conjunto de restrições”. E não apenas na região de Lisboa.
O Governo renovou também hoje a situação de calamidade em Portugal continental até 25 de julho. “Foi aprovada uma resolução que prorroga a situação de calamidade até ao dia 25 de julho de 2021 e altera as medidas aplicáveis a determinados concelhos”, refere o comunicado divulgado após o Conselho de Ministros.
Temos, neste momento, 34 concelhos em alerta, acima dos 120 casos por 100 mil habitantes, “distribuídos um pouco por todo o território nacional”: Alcobaça, Arouca, Arraiolos, Barcelos, Batalha, Benavente, Caldas da Rainha, Cantanhede, Carregal do Sal, Castro Marim, Chaves, Coimbra, Elvas, Espinho, Figueira da Foz, Gondomar, Guimarães, Leiria, Lousada, Maia, Monchique, Montemor-o-Novo, Oliveira do Bairro, Paredes, Pedrógão Grande, Peniche, Porto de Mós, Póvoa de Varzim, Reguengos de Monsaraz, Santiago do Cacém, Tavira, Valongo, Vila do Bispo e Vila Real de Santo António.
Há também 27 concelhos em risco elevado – “eram 26 na semana passada” – e estes “têm também uma dispersão territorial significativa”. São eles: Albergaria-a-Velha; Alenquer; Aveiro; Azambuja; Bombarral; Braga; Cartaxo; Constância; Ílhavo; Lagoa; Matosinhos; Óbitos; Palmela; Portimão; Paredes de Coura; Rio Maior; Salvaterra de Magos; Santarém; Setúbal; Sines; Torres Vedras; Trancoso; Trofa; Viana do Alentejo; Vila Nova de Famalicão; Vila Nova de Gaia; e Viseu.
Já quanto aos concelhos de risco muito elevado, Mariana Vieira da Silva frisou que temos hoje “33 concelhos nesta situação”, com uma concentração forte em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve. São eles: Albufeira; Alcochete; Almada; Amadora; Arruda dos Vinhos; Avis; Barreiro; Cascais; Faro; Lagos; Lisboa; Loulé; Loures; Lourinhã; Mafra; Mira; Moita; Montijo; Mourão; Nazaré; Odivelas; Oeiras; Olhão; Porto; Santo Tirso; São Brás de Alportel; Seixal; Sesimbra; Silves; Sintra; Sobral de Monte Agraço; Vagos; Vila Franca de Xira.
A limitação da circulação na via pública a partir das 23 horas – ‘recolher obrigatório’ – nos concelhos de risco elevado e muito elevado vai manter-se. Já os concelhos em que o teletrabalho é obrigatório aumentam para 60.