Em causa está o subsídio de desemprego que Adelaide Franco recebeu entre março de 2020 e outubro de 2021.
O Governo aceitou a demissão da presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Adelaide Franco.
O jornal Negócios avança que presidente do IEFP pediu a demissão depois das dúvidas sobre o subsídio de desemprego que recebeu enquanto, ao mesmo tempo, desenvolvia atividades para a empresa que a tinha despedido. O caso foi investigado pelo Instituto da Segurança Social.
Durante este período, Adelaide Franco desempenhou atividades pontuais para a Mindsetplus, a empresa que a tinha despedido em 2019, da qual é sócia, e que terá a filha como gerente.
O caso levantou dúvidas e várias críticas dos partidos políticos e dos parceiros sociais.
Em julho, dois meses depois de ter sido nomeada para a presidência do IEFP em regime de substituição, Adelaide Franco pediu um esclarecimento ao Instituto da Segurança Social. Prontificava-se a devolver os montantes do subsídio de desemprego se fossem considerados indevidos.
As conclusões ainda são desconhecidas, mas o jornal Negócios adianta esta sexta-feira que o parecer será negativo e o subsídio terá de ser devolvido.
Apesar da demissão, os parceiros sociais – que têm assento no conselho de administração do IEFP – pedem que o parecer seja tornado público.
Ao Negócios, José Cordeiro, da UGT, fala numa questão de transparência e da importância de se perceber se as regras se aplicam a todos da mesma maneira.
A polémica da acumulação do subsídio de desemprego da presidente do IEFP já tinha levado vários partidos da oposição a pedir explicações ao Governo. A demissão de Adelaide Franco foi aceite pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, no mesmo dia em que foi feito o pedido.
Não é conhecido o parecer do instituto, mas o Governo confirmou ao Negócios que aceitou o pedido de demissão da presidente do IEFP, depois de meses de polémica relacionada com o subsídio de desemprego.