Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado no centro de Londres contra as restrições aplicadas no Reino Unido em contexto de pandemia, depois de a última medida de desconfinamento ter sido adiada para julho devido ao aumento de infeções.
Com tarjas e cartões pintados com a palavra “liberdade”, os manifestantes marcharam ao som de tambores, música e apitos pelo centro da capital britânica, desde o Hyde Park até ao Parlamento.
Alguns manifestantes, que gritavam “que vergonha”, atiraram bolas de ténis ao portão da residência oficial do primeiro-ministro, Boris Johnson, no número 10 de Downing Street e ao Parlamento, em Westminster.
Apesar dos avanços na vacinação e do longo período de confinamento no Inverno, o Reino Unido está a enfrentar nas últimas semanas novos surtos de covid-19, atribuídos à variante Delta, detetada inicialmente na Índia e considerada mais contagiosa.
O Reino Unido, que já registou mais de 128 mil mortes. Nas últimas 24 horas assinalou mais de 18 mil novas infeções. Esta deterioração da situação pandémica levou o Governo a adiar por quatro semanas, até 19 de julho, o levantamento das últimas restrições ainda em vigor. A reabertura de bares, o atendimento ao balcão e não apenas nas mesas dos ‘pubs’ e a possibilidade de estarem mais de seis pessoas por mesa no interior de bares, estão entre as medidas adiadas.