A delegação brasileira foi a primeira a chegar à Vila dos Atletas. Alessandro Battiste Gomes, chefe de missão, concedeu uma entrevista ao Diário do Povo Online, onde abordou as expectativas do grupo, partilhou impressões sobre cidade, a preparação, o estado anímico dos atletas, e seu percurso pessoal de atleta até ao cargo atual de dirigente desportivo.
O chefe de missão disse que os atletas brasileiros têm-se preparado ativamente para os Jogos, aproveitando cada dia de treino antes do arranque oficial do evento.
Relativamente às expectativas para a Universíade, Alessandro afirma: “Foram dois anos sem estes Jogos e acho que a expectativa é enorme. No entanto, a pressão dos atletas é normal, ao representar um país dentro de uma competição tão importante. Mas é aquela pressão que a gente chama de ‘pressão gostosa’, que dá aquele friozinho na barriga. Mas depois é colocar tudo que foi treinado em prática”.
A delegação brasileira é composta por cerca de 250 pessoas. Alessandro expressou que a maioria dos atletas da delegação brasileira na Universíade está a competir na China pela primeira vez. Há atletas brasileiros de destaque mundial competindo em taekwondo, natação, judo, atletismo e wushu.
“A visita que nós tivemos aqui na reunião de chefe de missão em março, visitamos muitos locais de competição (…) E visitamos alguns pontos turísticos aqui da cidade. É uma cidade muito bela, muito limpa, muito grande. Bem estruturada. Tem todo um glamour aqui. Estamos instalados na zona B da Vila da Universíade, com estruturas muito boas. E as estruturas desportivas são excelentes. Todas as estruturas aqui na Vila dos atletas são muito grandes. Estamo-nos adaptando ao tipo de serviço oferecido, à alimentação em si”, afirma.
“Chengdu é uma cidade muito bonita e organizada, com uma grande variedade de alimentos. Ainda não tivemos a chance de provar o hotpot, mas visitamos muitos pontos turísticos famosos, vimos os pandas gigantes e assim por diante”, partilha.
Por ter sido atleta universitário, Alessandro conhece a importância da Universíade para os atletas. “Os atletas universitários têm uma identidade dupla, uma como estudante universitário e outra como atleta. Eles são atletas de alto nível, mas nunca desistem de seus estudos”, ressalta.
“Eu, na verdade, tive oportunidade de disputar os jogos mundiais de 1995, em Fukuoka, no Japão, na modalidade de futebol de campo. Foi uma experiência muito importante para a minha vida. Acredito que foi o que me impulsionou a essa participação para trabalhar com o desporto universitário (…) É uma coisa que fica para a vida inteira”, confessa.
O dirigente concluiu dizendo que a Universíade não é meramente um evento desportivo, pois os jovens atletas não só acumulam experiência em competições, como estabelecem uma base sólida para suas carreiras futuras.